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segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Pedir factura habilita a automóveis sorteados pelo governo


Não precisam ir confirmar no calendário; não estamos no dia 1 de Abril, mas até poderia parecer. Parece que o Governo vai começar a sortear automóveis todas as semanas entre todos os que pedirem facturas/recibos com número de contribuinte nas suas compras.

Até pode parecer boa ideia... mas considerando os impostos que se pagam sobre os automóveis e combustíveis, desculpem-me lá se isto me parece uma "prenda envenenada", com o objectivo de fazer com que o valor oferecido rapidamente regresse aos cofres do estado.

Considerando que há tantas famílias a passar fome, e desesperadas para conseguirem manter o pagamento da mensalidade da casa no final do mês, não faria mais sentido que fosse oferecido o valor em dinheiro - deixando que cada pessoa decidisse por si a melhor forma de lhe dar uso? Isto para não falar num sistema bem mais justo para todos, que seria devolver uma percentagem de todos gastos feitos, a todas as pessoas e em todo o tipo de compras - em vez de limitar a coisa aos restaurantes, oficinas e cabeleireiros.

Ficava assim do género de "1%" de incentivo ao bom funcionamento do sistema económico. Ia ser pago, mas ia ser devolvido posteriormente. (Se bem que já estou a imaginar o resultado de tal medida: "ah, se não quiser factura faço-lhe já o desconto do 1%... e até lhe tiro o IVA também"!)

... Não há sistema que resista à vontade de "dar a volta" ao próprio sistema...

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Governo quer máximo de 2 Cães ou 4 Gatos por apartamento


Parece que Portugal já está numa situação tão confortável e relaxada, que o Governo já se pode dar ao luxo de olhar para problemas realmente sérios e complicados, como decidir pelos portugueses a quantidade de animais que podem ter ou não em suas casas.

Embora já existisse uma lei que limitava o número de cães e gatos num apartamento, o Governo quer reduzir esse número para um máximo de dois cães ou quatro gatos (num limite máximo de quatro animais). Anteriormente era possível ter três cães num apartamento.

Ora... mais que o número, que certamente foi apenas ali colocado para disfarçar as reais intenções desta proposta da alteração à lei, a principal mudança é que esta nova lei vem facilitar o processo de queixa para quem se sentir incomodado. Até agora, um vizinho tinha que demonstrar haverem condições sanitárias ou de ruído para que as autoridades pudessem intervir - com esta nova lei, basta que alguém tenha três cães num apartamento para que em caso de queixa haja automaticamente justificação para as autoridades lhe entrarem em casa e "tratarem do assunto". Interrogo-me mesmo se a ministra Assunção Cristas não terá alguns vizinhos com três cães em que tenha pensado ao sugerir esta lei...

O que é absurdo nesta lei é de querer cegamente limitar coisas que são completamente incontroláveis "de forma geral". Que sentido faz definir um número "dois cães", se depois poderemos ter casos de pessoas que decidem ter dois São Bernardos monstruosos num T0 sem condições, mas de forma "legal"; mas por outro lado, alguém que more num T5 com 400m2 não pode ter três chihuahuas?

E um limite de dois cães, no caso de um casal de animais, significa então que em caso de terem cachorrinhos, poderemos esperar logo uma brigada especial da polícia a irromper pela porta dentro, pois ultrapassou-se o limite? (Ah, mas atenção, que se forem cães de raça então já podem ter 10 num apartamento, para garantir a "diversidade"...)


Cara ministra... concentre-se em revitalizar a agricultura e pescas no nosso país... e deixe lá os cãezinhos em paz!

terça-feira, 1 de outubro de 2013

EUA fazem Shutdown


Lembram-se de quando por cá se estava na iminência de não se poder pagar os salários da função pública (na altura com um certo partido que agora parece renascer do esquecimento desses "pormenores"... mas isso agora não importa)? Pois bem, nos EUA não se fala de ratings nem de crise, mas o que é certo é que um impasse entre Democratas e Republicanos fez com que não fosse aprovado o orçamento de estado.

O resultado... um "shut down" do Governo, que faz com que hoje, cerca de 800 mil pessoas acordem (temporariamente - espera-se) sem emprego, e 1 milhão vá trabalhar sem receber por isso.

Mas, como sempre, também por lá há as habituais excepções. Os militares escapam a este encerramento, com a garantia de que continuarão a receber os seus pagamentos (ora bolas, num país civilizado esperar-se-ia que as prioridades fossem exactamente as opostas: primeiro poupava-se nos gastos com as guerras, não?)

... Agora resta esperar para ver como é que esta situação irá ser resolvida - e tão ou mais importante: quanto tempo é que isso irá demorar!

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Cavaco quer "tudo ao monte e fé em Deus"


Eis que quando todos esperavam que Cavaco fizesse mais do mesmo, ou seja... deixar andar as coisas sem tumultos, ele decidiu agir como Presidente e fazer algo pela vida. Cavaco está farto das mixeriquices e intrigas que se multiplicam entre os partidos - incluindo alguns (um) que se parece ter esquecido do papel que teve para chegarmos ao ponto em que estamos, e que também assinou o acordo com a troika; e quer um Governo de Salvação Nacional unido, com PSD, CDS e PS a lutarem pelos interesses do país e não dos seus tachos individuais.

Todos são livres de concordar ou não com esta posição... mas quanto a mim é algo que já deveria ter sido feito há muito mais tempo. Por muito que seja bom escutar algumas propostas de outros partidos, que falam de "rasgar acordos" e outras coisas como se isso não fosse ter repercussões bastante complicadas de gerir (embora fique sempre a dúvida se esse sofrimento não poderia acabar por ser superado mais rapidamente do que com a morte lenta que nos está a ser imposta actualmente), acho que o essencial seria colocar os dois partidos do governo e o maior partido da oposição - todos os que assinaram o infame memorando - fechados numa sala (e de preferência sem comida gourmet à pala) até que acabassem de vez com as palhaçadas que vão esgrimindo diariamente na Assembleia da República.

Eles podem dar-se ao luxo de brincar aos políticos, com os seus tachos garantidos e ordenados e reformas garantidas, enquanto vão olhando para gráficos e números nas folhas de cálculo... mas já nem ousando arriscar sair à rua para olhar os portugueses olhos nos olhos sem uma dúzia de seguranças em seu redor. Mas "cá fora", no Portugal real... a situação é bem menos sustentável. Não há dia que passe sem que se conheça mais alguém que fique no desemprego, mais uma loja que fecha, mais um apartamento que fica com um "vende-se" nas janelas, mais um jovem que parte para outro país sem ter ideias de regressar.


Se têm tantos especialistas e entendidos dispostos a demonstrar que a "receita" sugerida pela troika não funcionou; porque não colocam todos os dados em cima da mesa, como pessoas civilizadas, para que se tente encontrar uma receita alternativa que possa dar melhores resultados? Será assim tão difícil entenderem-se todos? E por "todos" refiro-me a meros três partidos políticos que parecem ter ilusões megalómanas sobre as suas reais dimensões e capacidades... Lembrem-se que de nada vos servirá virem a ser governo de um país onde apenas existem velhos, doentes e reformados e onde toda a população activa válida já se pirou daqui para fora para ir povoar outras paragens onde sejam melhor tratados.

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Dois anos de Governo, Dois anos de Promessas Falhadas


Parece que o Governo pode festejar... pois está há dois anos em funções à frente do destino de Portugal e dos portugueses.

Nem vou debater se o que têm feito está bem, ou mal - e por vezes não posso sequer deixar de me rir dos "politicoisos" que muito vão criticando, mas cujas alternativas são sempre descritas em "politiquês" de que este não é o caminho e que há outras formas de fazer as coisas... mas sem nunca adiantarem uma medida concreta e efectiva que seja.

Portanto, independentemente do bem ou mal (ou muito mal) que têm feito, o que me interessa hoje relembrar é como é que chegamos a um ponto onde se possa considerar normal ter no poder políticos que têm feito tudo aquilo que prometeram não fazer durante a campanha que lhes deu a vitória!

Talvez o problema esteja no facto da demagogia não ser crime (se não é, bem que podia passar a ser)... mas independentemente de lá estar o senhor X ou Y, ou o partido W ou Z, expliquem-me como se pode dar credibilidade a alguém que baseou a sua candidatura em promessas de não aumentar mais os impostos, de não tocar nos subsídios de férias (e dizia que era ridículo sugerir isso!), e outras tantas coisas... tenha depois feito aquilo que fez (e continua a fazer).

A mim, mais que revoltado, deixa-me desiludido. Desiludido com ele, e com todos os outros que - na tentativa de serem alternativa - pensam que me esqueci daquilo que eles próprios fizeram antes destes lá terem chegado.

Não sei se haveria quem pudesse fazer melhor; não sei ter ministros com canudos "oferecidos" terá algum impacto na sua competência efectiva... o que sei é que a minha lógica me diz que não faz muito sentido acreditar ou confiar em alguém que promete uma coisa e alguns meses depois faz outra.

Mas o maior problema mesmo... é olhar para um lado, olhar para o outro... e não ver ninguém com credibilidade suficiente para merecer a nossa confiança.

domingo, 20 de janeiro de 2013

Os Gastos do Gabinete de Passos Coelho


Em jeito de pré-motivação para a segunda-feira que se segue, e com a maioria dos Portugueses ainda a tentar fazer as contas para perceber o quanto os seus salários vão regredir com a nova (re)carga fiscal para 2013, será interessante espreitar os gastos com o gabinete do Primeiro Ministro.

É certo que o Governo não pode funcionar sem pessoas (embora por outro lado eles façam isso a outros serviços), mas pensar que se estouram 150 mil euros por mês com:

  • 1 Chefe de Gabinete
  • 10 Assessores
  • 7 Adjuntos
  • 4 Técnicos Especialistas
  • 10 Secretárias Pessoais
  • 1 Coordenadora
  • 13 Técnicos Administrativos
  • 9 Apoio Auxiliar
  • 12 Motoristas
Com ordenados que oscilam entre os 975€ para os auxiliares, 1800€ para os motoristas e secretárias, mais de 3000€ para os assesores e adjuntos, e os 4500€ do chefe de gabinete... temos um total de 150 mil euros mensais que se traduzem em mais de 2 milhões de euros por ano.

Embora se possa considerar uma "gota de água" num oceano de tantos milhares de milhões em dívida (e como disse, não se pode querer que o governo funcione sem trabalhadores), sem dúvida que seria muito bem recebido ver um ministro/governo liderar por exemplo - e fazer pelo menos uma parte daquilo que impõe aos portugueses. Em vez de recorrentemente ir buscar mais e mais aos bolsos dos portugueses, tentar cortar no lado da despesa. (Embora, também compreenda que são situações complicadas, pois serão mais pessoas a ir para a rua - só que por outro lado... é isso mesmo que tem acontecido a tantos outros milhares de portugueses; e ao contrário desses, neste caso somos nós que pagamos directamente os seus salários).

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Os Direitos Adquiridos


No outro dia até me engasguei quando na rádio, a propósito das subvenções que os ex-políticos recebem, e quando um repórter perguntava se estaria disposto a abdicar disso face aos outros rendimentos que tinha: ele se sai com uma inesperada: isso não, pois é um "direito adquirido".

Direito adquirido, e portanto intocável, imagino eu... Pena é que os direitos adquiridos dos outros, esses possam ter as regras alteradas sempre que seja necessário: quer seja em redução dos ordenados, pensões, ou passagem da reforma de X para Y anos, sem apelo nem agravo.

Mas, enquanto a uns se corta na casaca, camisa, e camisola interior, dizendo que é necessário fazer sacríficios e que se têm que dar por contentes com ordenados de 500€ mensais... a outros, a palavra crise deverá continuar a ser uma miragem distante que nem faz muito sentido, como por exemplo:

Assunção Esteves, a actual Presidente da Assembleia da República reformou-se ao 42 anos, com a pensão mensal (14 vezes/ano) de € 2.315,51. Para que saibam , a Senhora Assunção Esteves recebe ainda de vencimento mensal (14 vezes/ano) € 5.799,05 e de ajudas de custas mensal (14 vezes/ano) € 2.370,07. Aufere, portanto, a quantia anual de € 146.784,82. Ou seja, recebe do erário público, a remuneração média mensal de € 12.232,07 (Doze mil, duzentos e trinta e dois euros e sete cêntimos). Para além de ter direito a uma viatura oficial a tempo inteiro.

E porque não limitar o valor total mensal pago com dinheiros públicos a um indexante em função do ordenado mínimo: por exemplo 4 ordenados mínimos? (e refiro-me ao *total*, para evitar este tipo de acumulações.)... Afinal, se um político vier dizer que quatro ordenados mínimos são "insuficientes" para viver condignamente... que se poderá dizer das famílias que têm que viver apenas com *1* ordenado desses?

sábado, 17 de setembro de 2011

Dívida na Constituição


Não ponho em causa que entre os nossos políticos se encontrem pessoas capazes, e cheias de boas intenções... Mas por outro lado, às vezes ouço-os dizerem coisas que me fazem pensar se estas "criaturas" vivem no mesmo plano existencial que o resto do "povo" que por cá habita.

No outro dia, a propósito da alteração da constituição para que nela ficasse definido um limite ao endividamento - algo que me faz lembrar o tipo de coisa que nos EUA os faz ter instruções do tipo: não usar esta máquina de lavar roupa para dar banho ao seu bébé ou anima de estimação - que é o mesmo que dizer: é algo que está implícito e será lógico para qualquer pessoa sã com dois dedos de testa!

Mas então, dizia eu, um qualquer senhor defendia que isso devesse estar na constituição... (Ok, cada um tem direito à sua opinião)... Mas, logo de seguida, veio com o seguinte argumento:
"Ah, mas claro que se tem que considerar que haja situações em que tal não seja possível, e se tenha que ultrapassar esse limite!"

... duh??

Então... vamos fazer uma lei, ou alterar a constituição, para evitar fazer algo - mas que vai desde logo contemplar que afinal pode não ser possível fazê-lo e como tal tem que haver excepções?...

Parece-me ser mais um caso perfeito da burocracia apenas como arte de burocratizar algo sem qualquer necessidade.

... O melhor é mesmo respirar fundo e contar 10... ou melhor... 100!

terça-feira, 19 de julho de 2011

Responsabilidades Inócuas

A crise continua, os combustíveis sobem, os ordenados descem, os impostos extraordinários surgem, as agências de rating ratam, ou seja... tudo na mesma.

Agora falam de criar uma taxa para os bancos, para que também contribuam um pouco para sairmos do buraco onde nos ajudaram a cair - como se qualquer taxa que lhes fosse aplicada não fosse ela própria transposta para os clientes, fazendo com que, no final... quem acabe por pagar continuem a ser os mesmos de sempre: todos nós.

Por cá, fala-se que afinal há uma "ligeira" discrepância nas contas do anterior Governo, superior a dois mil milhões de euros. E a minha pergunta é... porque raio não dá isso direito a processos crime por gestão danosa?

Se algum de nós ficar a dever 100€ que seja ao Estado, dá logo direito a penhoras e sei lá que mais - no entanto se alguém rouba dois mil milhões, a única coisa que acontece é, três meses depois estar no parlamento a dizer que os impostos extra são um abuso para os Portugueses???

Sou só eu a achar que isto mais parece um sketch de uma qualquer piada nonsense dos Monty Python?

... Realmente, a única coisa que se pode fazer para não dar em maluco com isto tudo... é rir!

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Os Primeiros Passos de Passos

E agora que temos novo Governo, e que as contas têm (finalmente) que começar a bater certo - e a descobrir-se que a realidade é afinal bem diferente do que era "estimado" (défice do 1º trimestre é afinal 7.7%!)... eis que se têm que encontrar maneiras de arranjar dinheiro... dê lá por onde der!

E uma vez mais, em vez de se ir buscar dinheiro onde se deveria - opta-se pelas formas mais rápidas e fáceis. Já se falam em subir o IVA para 25%... (o que até acharia bem, não fosse já a carga excessiva e abusiva dos restantes impostos, de IRS a IMI e outros tantos) - e agora: um imposto extraordinário sobre o subsídio de Natal.

... E talvez o mais assustador será pensar que... provavelmente as coisas não vão ficar por aqui.

Estão a ver o que se passa na Grécia, e tanta gente a frisar que "somos diferentes"?... Pois bem, a cada dia que passa parece que ficamos mais iguais a eles...

sexta-feira, 17 de junho de 2011

O Governo devia "Piratar"

Vinha eu descansadinho a conduzir para a casa, quando tive mais um momento "Eureka".

Com a "austeridade" a ser a palavra de ordem, e que nos parece levar para uma espiral de suícidio da economia tal como a conhecemos (veja-se o resultado que está a ter na Grécia), não pude deixar de encontrar muitas semelhanças com o que se passa com a pirataria.

Tal como muita gente se sente "justificada" a piratar as coisas que considera ter preços excessivos - quer sejam jogos de computador, músicas, ou bilhetes de cinema - parece-me que as políticas de austeridade apenas fazem com que haja cada vez mais incentivos a que empresários e trabalhadores percam a (pouca) fé que ainda possam ter no sistema.

Vejamos... Imaginemos que o Governo precisava de arranjar (mais) dinheiro, e olhando para os milhares de Portugueses que ainda vão ao cinema, decidia aplicar uma taxa extra em cima dos bilhetes de cinema, passando o seu preço para 100€. Obviamente, ao contrário da receita planeada, o resultado "líquido" seria... zero! Pois todas as pessoas deixariam de ir ao cinema e optariam por ver os filmes em casa. Um pouco à semelhança dos lucros teóricos das SCUTs, que deram origem a que grande percentagem dos automobilistas optasse por procurar caminhos alternativos - mesmo implicando mais tempo a desesperar em filas...

E, como todos sabemos, solução para a pirataria só há uma (como estúdios e empresas de software bem sabem): oferecer os seus produtos a preços que tornem irrelevante a pirataria (como fazem nos mercados orientais, onde filmes e programas são muitas vezes vendidos a preços de "saldo").

Transposto para a economia, em vez de taxaram tudo e todos de forma cada vez mais pesada - o que levará a que todos cortem ainda mais no que compram; e procurem "fugir" o mais possível - parece-me que a solução deveria ser exactamente o oposto. Deviamos incentivar a criação de novos empregos, e fazer com que valesse a pena ganhar dinheiro... que depois poderia ser gasto, fazendo funcionar o "sistema", e onde as pessoas nem se importariam com a parcela que vai directamente para o estado.

De outra forma... hoje é a Grécia, daqui por uns meses seremos nós... e daqui por uns tempos nem Euro teremos. E depois enquanto os velhos Eurocratas andarem a reclamar uns com os outros em Bruxelas e a atirar culpas de um lado para o outro, já o Mundo estará centrado do outro lado do planeta, numa China que fará Europa e EUA parecerem velhos pobretanas acabados que continuam a viver em ilusões de grandeza de épocas passadas...

terça-feira, 14 de junho de 2011

Gestão à Pressão nas Autarquias

Novamente, desculpem lá vir desabafar para aqui, mas não posso deixar de me sentir "doente" com o tipo de coisas que vou vendo e ouvindo...

Veja-se por exemplo o caso das dívidas milionárias de algumas (todas?) as Autarquias, que no caso de Espinho se aproxima dos 50 milhões de euros!

Ora, segundo a wikipedia:

Autarquia - (do Grego αuταρχία, composto de αuτός (si mesmo) e αρχω (comandar), ou seja, "comandar a si mesmo" ou "auto comandar-se") é um conceito pertinente a vários campos, mas sempre lidando com a idéia geral de algo que exerce poder sobre si mesmo.


Não estou a pôr em causa se o dinheiro terá sido bem, ou mal, aplicado - mas, quando agora vemos os responsáveis dizer que com algumas medidas "duras" esperam conseguir cortar a despesa e regularizar as contas, não consigo evitar perguntar: "Mas que raio? Só agora com as imposições da troika é que esta gente se lembra que o seu dever é gerir bem!?!"

Isto é... se o dinheiro não tivesse acabado, continuaria tudo a gastar o que tem e o que não tem, como se tudo estivesse bem?

Sinceramente, não compreendo... e não deixa de ser um sinal que algo vai mal neste sistema que deixa continuamente que o dinheiro desapareça "sabe-se lá por onde", sem que os responsáveis por tal sejam responsabilizados - ou punidos, caso fosse caso disso.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Cidadania Digital

Parece-me ridículo que, nos dias que correm, e com toda a tecnologia que temos à disposição, tantas outras coisas que poderiam/deveriam ser modernizadas, continuem a ser feitas de forma tão medieval.

O voto digital é palavra que levanta logo enorme polémica em torno da segurança e das possíveis fraudes... Mas, não posso deixar de achar essa desculpa algo ridícula: é que essas mesmas pessoas que tanto se queixam, certamente também não têm outro remédio senão confiar nas suas declarações de IRS digitais; nos seus extractos bancários digitais; e tudo o mais que hoje em dia acaba por nos "governar".

Faz algum sentido ter que fazer dezenas ou centenas de quilómetros para rabiscar um papel? Pior ainda: faz algum sentido mandarem cartas a informar os eleitores dos seus locais de voto; mas - para quem pretender actualizar a sua informação, para poder votar perto das suas áreas actuais de residência - rapidamente dizerem: "ah, agora já não vai a tempo... isso demora vários meses"?

É completamente ridículo...

Ainda para mais quando se vê que, qualquer que seja o "Governo" escolhido, a coisa acaba por ser sempre a mesma - e é isso mesmo que me leva ao ponto onde queria chegar.


Com as actuais plataformas digitais, mostrar a satisfação/insatisfação de qualquer pessoa, sobre qualquer assunto, torna-se muito mais fácil e imediato do que alguma vez foi possível.
Por isso mesmo, porque razão as coisas continuam a funcionar "como antigamente"?

Porque motivo não se criam formas de intervenção mais directas e imediatas por forma a decidir o destino do País?

Fará qualquer sentido que os "senhores lá de cima" continuem a (des)governar a casa como bem querem e lhes apetece, anos a fio, sem terem que prestar contas a quem lá os colocou? Parece-me um abuso que agora é desnecessário.

Não digo que toda e qualquer decisão devesse ficar a nosso cargo - mas parecia-me saudável que pelo menos 3 ou 4 vezes por ano; ou sempre que algo de importante o merecesse; pudesse ser sondada a opinião pública para que houvesse uma maior ligação e aproximação entre "povo" e "governantes".

Uma espécie de referendo digital...

(E até nem seria mau que houvesse um indicado de contentamento/descontentamento - que diariamente nos permitisse "votar" que tal achamos das prestações dos políticos - e potencialmente evitar que casos de abusos pudessem chegar tão longe como aqueles que todos conhecemos, e que continuamente permanecem sem responsabilidades...)

O País é nosso, o dinheiro também, cabe-nos a nós também exigir que tenhamos "voto na matéria" sobre a sua utilização e destino...

quinta-feira, 24 de março de 2011

Sócrates Demite-se

Deixem-me começar por dizer que não estou nada inspirado, ou com vontade sequer de escrever seja o que for sobre toda este palhaçada desgovernamental que estamos a viver; e que nos vai pesar por muitos e longos anos.

Que fique claro também, que tão pouco nutro qualquer simpatia política por qualquer um dos partidos que actualmente temos na Assembleia.
Todos parecem estar mais interessados em continuar a "brincar" aos governantes, e cada vez mais distantes do "mundo real" que está cá fora e que é Portugal.

Sócrates demite-se, no decorrer de um plano bem delineado e bem orquestrado, em que passa por cima das leis, para depois - como tão bem sabe fazer - se fazer passar por vítima.

Mais vergonhoso ainda, é olharmos para as capas dos jornais internacionais, e a imagem que lá para fora transparece é de que: "coitadinho, ele bem tentou fazer tudo por tudo, mas os outros partidos é que não deixaram." Ou seja, para o resto do mundo, Sócrates será agora um herói incompreendido no seu próprio país.

Palhaçada...

Não digo que saiba qual é a solução ideal. Duvido até que a haja... Estamos agora naquela situação que, como muitas famílias sentiram na pele, se andou a gastar o que não se tinha... e agora chegamos ao dia em que não há mais cartões de crédito que cheguem para o pagamento das prestações.
Andaram alguns poucos a "mamar" milhões... e agora chegou a altura dos restantes milhões (de Portugueses) terem que pagar essa factura, doa a quem doer!

Subida do IVA? Sim, venha ela... há muito que digo que faz muito mais sentido mexer apenas nisso do que andar a inventar outros impostos ou agravamentos. Ao menos é algo simples de entender por toda a gente, e que afectará todos de forma "justa" (se é que assim se pode dizer). Quem mais consumir, mais contribui, ponto final.

Claro que com IVA a 25%, começa a tornar-se (ainda) mais vantajoso tentar fugir a isso por onde se puder.
É algo que será inevitável, tal como já o era com o IVA actual.

O que era mesmo preciso, era termos alguém a governar Portugal - e digo isto literalmente!

Precisamos de alguém disposto a abdicar dos seus interesses pessoais em prole do bem da nação; alguém que se assuma o papel de condutor no rumo de Portugal, com os melhores interesses do País em mente, e não dos seus próprios "tachos" e negociatas.

É incrível como ainda agora tudo o que de mal se faz continua a passar com total impunidade... É fácil "desgovernar" um país, quando se sabe que se pode fazer e gastar, sem nunca ser sequer chamado a responder pelas suas acções. A culpa afinal é sempre de quem veio atrás... E a memória é sempre curta quando depois voltam ao poder, neste círculo que volta a colocar no poder os mesmos, uma e outra vez.

Eu não sei por onde andam os milhares de milhões que agora vamos ter que pagar... mas uma coisa é certa: eles andam aí; e quem os tem prepara-se para receber os restantes que agora nos vão cobrar.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

As Casas de Cavaco

Recebido via email, mas abordando uma questão preocupante - que nos faz pensar até que ponto não precisaremos de um Wikeleaks "interno" cá em Portugal, que nos possa dar um pouco de transparência a todas estas questões que fazem com que Portugal pareça uma terra cheia de nevoeiro no qual nem só D.Sebastião se perde!

== segue-se o conteúdo do email ==

A Revista VISÃO de 13 de Janeiro traz uma belíssima reportagem sobre a Aldeia do Cavaquistão.

Na aldeia da Coelha, Algarve, Cavaco Silva tem por vizinhos Oliveira e Costa e Fernando Fantasia, para além de Catroga, seu ex-ministro das Finanças e outros correligionários ligados à SLN/BPN.(sim, BPN).

Trata-se de um loteamento que nasceu e cresceu à sombra de muitas empresas e off-shores.

A escritura do lote do Presidente da República não se encontra no Registo Predial de Albufeira. A matriz não consta nem dos registos da Conservatória do Registo Predial de Albufeira, nem do cartório notarial (recentemente privatizado) daquela sede de concelho algarvio. O Presidente da República não se recorda nem da data nem do notário e local onde assinou a escritura.

Um dos promotores da urbanização, velho amigo e colaborador de Cavaco, diz que a propriedade foi adquirida "através duma permuta com um construtor civil".

O Lote 8 está registado em nome de Maria Yolanda Oliveira Costa, a ex-mulher do criador do BPN, Oliveira Costa. (Transmissão feita à mulher depois de ter rebentado o escândalo do BPN)

Carapeto Dias, assessor de Cavaco em S. Bento, quando ele era Primeiro Ministro, adquiriu com outros sócios, duas sociedades offshore que controlaram a empresa que promoveu a Urbanização da Coelha. As offshores tinham sede em Gibraltar.

Foi esse assessor que fez o convite a Cavaco para ele adquirir um lote, onde viria a construir a casa da Gaivota Azul.

Dois anos depois, o lote 8 era comprado por Oliveira e Costa. Segundo a investigação judicial ao BPN, o banqueiro terá pago a casa com verbas do próprio banco, via Banco Insular de Cabo Verde, ou seja, sem gastar nada de seu.

Desconhece-se o valor por que Cavaco Silva comprou o lote e a casa, por não se saber o paradeiro da escritura.

Outro vizinho de Cavaco: Catroga.

É preciso perguntar:

  • Na RTP Cavaco declarou-se um "mísero professor". Entre 1995 e 2005 não desempenhou cargos públicos e não entregou declaração no TC. As acções do BPN escapam, assim, ao crivo.
  • Não se sabe o valor por que foi transacionada a moradia da Coelha.
  • Cavaco não se lembra do valor, nem do notário, nem do local onde foi celebrada a escritura.( Que estranho para quem quer estar à frente dos destinos da NAÇÃO !)
  • Os vizinhos de Cavaco na aldeia da Coelha são, na sua esmagadora maioria, ex-administradores da SLN/BPN.


Agora, para quem apregoa e tanto preza uma imagem de rigor, credibilidade e transparência, estes factos deitam tudo por terra.

E é este cidadão que, segundo as sondagens, voltará a ser Presidente da República?

A imprensa não tem dado qualquer relevo a esta reportagem da Visão. Também é sintomático...

== fim ==

Muitas questões pertinentes sem dúvida... e escândaloso o facto do ex/possível-futuro Presidente Cavaco Silva pareça sofrer de Alzheimer quando interrogado sobre estas questões.
Só sei que se fosse eu a não ter registo predial fosse lá do que fosse, já me tinha caído meio-mundo em cima, com burocracias e papeladas sem fim para regularizar a situação. Mas, uma vez mais se demonstra que as leis são iguais para todos... mas mais "iguais" para uns que outros....

E depois dizer que a sua esposa "só" recebe 800€ de reforma, e que é ele que a tem que sustentar... Num país cheio de famílias onde uma só pessoa recebe metade disso... Parece-me que este senhor está um pouco desfasado da realidade do País a que presidiu nos últimos anos.

A solução seria fácil: era uma chicotada psicológica, votando no único candidato que não é político profissional... Mas, isso será - por agora - um sonho. E Cavaco Silva continuará a ser, quase certamente, o 2º mais votado pelos Portugueses. (Sim, que a grande maioria está mais que visto: será a abstenção!)

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

A Ilusão da Austeridade

O seguinte vídeo não tem legendas em português (actualização: já me indicaram um vídeo legendado! :) mas é de visionamento obrigatório para todos os que percebam inglês.



Nele podemos ver Mark Blyth professor de Economia Política Iternacional na Brown a falar sobre a total falta de senso nas medidas de austeridade que tantos Governos apregoam.

A conclusão é sempre a mesma... quem menos dinheiro ganha e menos culpa tem, é que continuamente está destinada a pagar pelos erros daqueles que fizeram a cagada toda, e que continuam a receber o dinheiro.



[Video original: The Watson Institute at Brown University presents Mark Blyth on Austerity]

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Sinceridade de Sócrates


Afinal, José Sócrates até é um tipo sincero... Ou pelo menos assim parecia em Setembro de 2000. Desde então deve ter-se esquecido disso (e de muito mais...)

Transcrição:
Engenheiro José Sócrates, camos vê-lo, um dia, Primeiro Ministro?

- Não! Primeiro, porque não tenho o talento e as qualidades que um Primeiro Ministro deve ter. Segundo, porque ser um Primeiro Ministro é ter uma vida na dependência mais absoluta de tudo, sem ter tempo para mais nada. É uma vida horrível e que eu não desejo. Ministro é o meu limite. Aceitei pagar este preço. Mas nada mais do que isso.

E agora somos todos nós que andamos a pagar o preço que todos nós sabemos... das máfias das gasolineiras às SCUTs, IVAs abusivos, e tudo mais.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Portugal - Espremer só mais um bocadinho....

Eu bem tento olhar para as coisas de forma positiva... Mas não há dúvida que tudo e todos parecem conspirar contra a nossa boa-disposição.

Em vez de subirem os impostos em Julho - sim, aqueles impostos que há poucas semanas nos garantiam não subirem - e estando o "caldo entornado", nem sequer a data mantêm... já que decidiram adiantar a data do aumentos dos impostos um mês, passando para 1 de Junho (e assim apanhando os subsídios de férias de milhares de Portugueses.) Porreiro pá!

O PCP diz já ter feito as contas, e que tudas estas medidas vão representar menos um mês de salário para as famílias... Eu já me dava por satisfeito se for apenas e só um mês!
É que com tantas garantias, e com o histórico destes últimos meses, um mês passará rapidamente a dois ou três, e com efeitos retroactivos à última década.


E se pensam que só nos vão aos bolsos, estão bem enganados... Há quem também ache que temos feriados a mais, e que proponha a redução dos feriados - e na boa tradição portuguesa, ao retirar feriados sugerem também a criação de um novo.

Faz lembrar aquele tal sujeito que nem merece que se mencione o nome que veio dizer que os ordenados em Portugal deveriam baixar para serem 30% inferiores aos da Alemanha para que se mantivesse num sei o quê e num sei que mais...
Ó meu caro senhor, você já olhou para os ordenados de Portugal e Alemanha!?! QUEM NOS DERA TER ORDENADOS APENAS 30% INFERIORES!!!
E agradecia que não se esquecesse também daqueles "pormenores"... com o facto de pagarmos automóveis e muitos outros bens a preços altamente inflaccionados em relação ao resto da Europa.

Mas ainda bem que a crise em Portugal - para além das ridículas especulações feitas por aquelas entidades responsáveis por nos meterem nestes buracos e a quem toda a gente parece continuar a dar credibilidade - continua a ser paga sempre pelos mesmos... enquanto outros continuam a lucrar....

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Um Centenario por Cem Mil Euros

Ah, já cá faltava voltar a falar um pouco dos (des)ajustes directos em Portugal.

Ora dêem um salto a este fabuloso site oficial sobre as celebrações comemorativas do centenário da República.


O trabalho ficou cargo do atelier de design Henrique Cayatte, por ajuste directo - o que dispensa essas coisas morosas e trabalhosas como concursos públicos onde outros interessados pudessem fazer as suas ofertas - num total de 99 500 euros!

O mais engraçado é que este portal tem como base o Drupal, uma plataforma gratuita de gestão de conteúdos, e utiliza o tema “Zen” (também gratuito). O que torna o custo do site ainda mais ridículo.

No entanto, talvez seja simplesmente o "preço base" que este designer considera ser aceitável para si: já que para fazer o design do o papel de carta, cartões e envelopes do mesmo evento cobrou a quantia de 90 000 euros.

via [Diario2]

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Presidente de Lázio em Escândalo Transexual


Não há dúvida que, por muito que nos queiramos "divertir" com os casos de corrupção (e outros) cá pelo nosso país, parece que ainda teremos muito que andar para chegar ao nível que os nossos amigos Italianos têm atingido.

Como se as cenas de Berlusconi não fossem suficientes, agora temos o presidente de Lázio (e atenção que disse "de", e não "do"... não vamos meter o futebol ao barulho, que senão é que nunca mais saíamos daqui) que se demitiu após um escândalo sexual envolvendo transexuais.

Com todo o respeito que tenho por todos estes senhores... apenas me interrogo: será que as mulheres italianas não terão já nível suficiente para permanecer no topo dos escândalos sexuais com membros do governo? Será mesmo necessário começar a entrar nestes campos mais "avançados" de transexuais?

... em Itália parece que sim...
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