Parece-me ridículo que, nos dias que correm, e com toda a tecnologia que temos à disposição, tantas outras coisas que poderiam/deveriam ser modernizadas, continuem a ser feitas de forma tão medieval.
O voto digital é palavra que levanta logo enorme polémica em torno da segurança e das possíveis fraudes... Mas, não posso deixar de achar essa desculpa algo ridícula: é que essas mesmas pessoas que tanto se queixam, certamente também não têm outro remédio senão confiar nas suas declarações de IRS digitais; nos seus extractos bancários digitais; e tudo o mais que hoje em dia acaba por nos "governar".
Faz algum sentido ter que fazer dezenas ou centenas de quilómetros para rabiscar um papel? Pior ainda: faz algum sentido mandarem cartas a informar os eleitores dos seus locais de voto; mas - para quem pretender actualizar a sua informação, para poder votar perto das suas áreas actuais de residência - rapidamente dizerem: "ah, agora já não vai a tempo... isso demora vários meses"?
É completamente ridículo...
Ainda para mais quando se vê que, qualquer que seja o "Governo" escolhido, a coisa acaba por ser sempre a mesma - e é isso mesmo que me leva ao ponto onde queria chegar.
Com as actuais plataformas digitais, mostrar a satisfação/insatisfação de qualquer pessoa, sobre qualquer assunto, torna-se muito mais fácil e imediato do que alguma vez foi possível.
Por isso mesmo, porque razão as coisas continuam a funcionar "como antigamente"?
Porque motivo não se criam formas de intervenção mais directas e imediatas por forma a decidir o destino do País?
Fará qualquer sentido que os "senhores lá de cima" continuem a (des)governar a casa como bem querem e lhes apetece, anos a fio, sem terem que prestar contas a quem lá os colocou? Parece-me um abuso que agora é desnecessário.
Não digo que toda e qualquer decisão devesse ficar a nosso cargo - mas parecia-me saudável que pelo menos 3 ou 4 vezes por ano; ou sempre que algo de importante o merecesse; pudesse ser sondada a opinião pública para que houvesse uma maior ligação e aproximação entre "povo" e "governantes".
Uma espécie de referendo digital...
(E até nem seria mau que houvesse um indicado de contentamento/descontentamento - que diariamente nos permitisse "votar" que tal achamos das prestações dos políticos - e potencialmente evitar que casos de abusos pudessem chegar tão longe como aqueles que todos conhecemos, e que continuamente permanecem sem responsabilidades...)
O País é nosso, o dinheiro também, cabe-nos a nós também exigir que tenhamos "voto na matéria" sobre a sua utilização e destino...
sexta-feira, 13 de maio de 2011
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