Portugal "troca" moedas de 2€ por moedas de 1 e 2 cêntimos

Pode dizer-se que Portugal já saiu da "crise", mas não deixará de ser interessante comprovar as evidências do "mundo real", como a necessidade de levar a cargo a maior operação relativa o moedas (físicas) desde a introdução do euro, com o Banco de Portugal a comprar 272 milhões de moedas de um e dois cêntimos à Irlanda, vendendo-lhes 2.1 milhões de moedas de dois euros em troca.

Na prática, Portugal trocou moedas de 2 euros por moedas de 1 e 2 cêntimos, sendo que estas últimas são moedas com bastante utilização em Portugal (por conta dos muitos preços a "9.99 euros"), enquanto que na Irlanda predomina a regra do arredondamento, dispensando a utilização das moedas de cêntimos.

Embora isto volte a remeter que em Portugal se continua a ser um país de "tostões" (leia-se: cêntimos) enquanto outros países da Europsa são os verdadeiros países de "euros", Portugal aproveita para dizer que tecnicamente foi um negócio vantajoso, já que o custo de fabrico das moedas de 1 cêntimo é 65% superior ao seu valor facial... pelo que fica mais barato "comprar" as moedas de cêntimo a 1 cêntimo - como aqui aconteceu - do que produzi-las.

Troca de Notas de 5000 Escudos Prestes a Terminar

Existem ainda milhões de escudos guardados por nostalgia em casa dos Portugueses, mas... sabendo-se a crise económica que o país atravessa, poderá interessar relembrar que as antigas notas de cinco mil escudos só poderão ser trocadas por euros até ao próximo dia 30 de Novembro - ou seja, 20 anos depois de terem saído de circulação.


Ainda me lembro do tempo em que cada uma destas notas era olhada tal como agora se olha para uma nota de 500€... e agora, pensar que 5000$00 (cerca de 25€) são apenas o suficiente para duas pessoas irem ao cinema, comparem bebidas e pipocas... e já não sei se chegará!

Quantas notas ou moedas de escudos é que vocês têm por aí guardadas, por pura nostalgia?

Portugal - a Bola e o Euro

Portugal foi eliminado no jogo Portugal-Espanha, depois de ter combatido durante 120 minutos com os nossos eternos rivais e vizinhos. Acaba-se o sonho que ia servindo de "anestesia" aos portugueses fartos de ouvir falar de crise e austeridade.

É tempo de abandonar o sonho de chegar à Final do Euro e voltar a enfrentar o pesadelo do final do Euro.

[imagem via A Bola]

Uma Década de Euro - Os Preços e os Ordenados

Em tempo em que continuamente vemos a troika a querer aproximar-nos das médias europeias, interessará talvez olhar para a última década e ver o quanto as coisas mudaram... algumas... mas nem todas.

Esta fotografia refere-se à diferença de preços de 1999 para 2011 em Espanha (das pesetas para os Euros), mas por cá com o nosso escudo, as coisas foram semelhantes. Muitas coisas sofreram aumentos brutais, superiores a 100, 200 e 300%, e que afectam coisas tão essenciais como o simples pão e água, os transportes públicos, as casas, etc.

No entanto, há um pequeno pormenor que infelizmente se mantém ao nível de 1999... que são os ordenados!

Portanto... políticas de austeridade?... Austeridade já é a vida como ela é neste momento, onde tudo é mais caro e o dinheiro não estica, roubado euro a euro por cada vez mais taxas e impostos, e onde os ordenados já de si reduzidos são ainda mais cortados...

Enquanto isso, as tais coisas essenciais que seriam supostas acontecer numa "união europeia", como uma harmonização fiscal e uma livre circulação de bens (ao contrário da treta de se querer comprar um carro noutro país, mas depois chegar cá e pagar o dobro em "taxas") que realmente funcionasse.
Senão... estamos numa ilusão de união que não sai do papel; e onde um posto de combustível não pode funcionar perto da fronteira, pois do lado de lá temos preços muito mais atractivos...

Se queremos uma Europa única, seria talvez mais importante começar por tornar iguais as condições para todos... e só depois começarem a cortar na casaca e a exigirem mundos e fundos...

Chuva de Euros na Holanda

Enquanto nalguns países, a falta de dinheiro é de uma "secura" imensa (como é o caso do nosso querido Portugal), noutros países - mais concretamente na Holanda, bem perto de Maastricht - o caso parece ser o inverso, já que até "chovem euros"!

O insólito caso aconteceu quando uma carrinha de transporte de valores viajava por uma auto-estrada mas inadvertidamente começou a largar a sua preciosa carga.

Os condutores que seguiam atrás não se fizeram rogados, e imediatamente estacionaram na berma e começaram a encher os bolsos com esta chuva de notas que vem sempre a calhar.

Esperemos que por cá, com um Verão tão fraquinho e um Agosto que se despede com chuva, o tempo se esteja a preparar para nos dar uma surpresa semelhante - já que parece ser a única forma dos Portugueses poderem ter mais algum dinheiro nos bolsos.



[via JN]

Gasolina sempre a Abrir

Já andava há umas semanas a divertir-me. Sempre que passo numa Galp a caminho do emprego, instintivamente olho para o preço do gasóleo... e estava à espera do dia em que o preço passasse a barreira do 1,25 Eur.

Uns dias subia, outros dias descia, mas hoje finalmente é dia de comemoração: hoje de manhã o gasóleo chegou aos 1,252 - mas como o que interessa é facturar, à tarde já estava a 1,257.

Sabem aquela piada em que o pessoal está a meter gasolina, e quando for pagar o preço já subiu? Por este andar vai deixar de ser piada mais cedo do que pensavamos.

Mas o que interessa é que a barreira dos ",25" centimos já lá foi, e agora vou divertir-me a esperar pelo dia em que chegará aos ",50" - o que não deve tardar muito.
(Algo que facilmente se pode prever pela tendência a que se tem assistido.)


Apenas gostava de saber quem é que aceita que haja dois pesos e duas medidas...

Sempre tivemos que pagar tudo em dólares, mesmo que o escudo/Euro valesse 0,0001 dólares. Ninguém nos fazia descontos ou perdoava dívidas... era pagar e mais nada.

Mas, agora que o dólar não vale nada, dámo-nos ao luxo de pagar em Euros bastante mais do que pagam os americanos em dólares. Por este andar os produtores de petróleo deixam de vender aos EUA, porque ganham muito mais em vender só à Europa.

Como é que ninguém se parece incomodar com esta situação? Somos todos gaijos ricos que não se importam de pagar mais uns trocos aos produtores!?!


Não se pense com isto que eu sou a favor de manter os combustíveis fósseis - muito pelo contrário. Mas o que é certo que nenhum construtor tem os tomates de mandar um veículo puramente eléctrico para a rua. Temos uns supostos "híbridos" que gastam tanto ou mais que um veículo normal. Mas mais que isso... é tudo protótipos, e estudos, e sei lá que mais.

Custava muito a Smart lançar um modelo eléctrico? Mesmo com autonomia reduzida, 100Km ou isso, era suficiente para o uso diário que muita gente lhe dá.

Parece-me que o problema é que interessa a muita gente continuar a vender o petróleo em euros. Os chamados petro-dólares já lá vão... é época dos petro-Euros!