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domingo, 23 de fevereiro de 2014

Discovery Channel apanhado em documentário fraudulento


Já sabemos que não se pode acreditar em tudo o que se vê, e por isso mesmo há que ter cada vez mais atenção à credibilidade das fonte e canais que nos fazem chegar informação. Para muitas pessoas o canal Discovery é ainda um local onde se podem assistir a programas de qualidade - mas parece que também ele começa a ser vítima de pseudo-documentários onde não se olha a meios para iludir os espectadores.

No caso de um "documentário" sobre um mega-tubarão pré-histórico "Megaladon" de tamanho gigante, uma das imagens é apresentada como tendo sido tirada durante a 2ª Guerra Mundial, e onde se pode ver um gigantesco tubarão que media mais de 20m entre a barbatana dorsal e a sua cauda.

... O problema é que se trata de uma imagem falsificada, que tem origem numa imagem real de submarinos U-Boat alemães, mas onde o tubarão foi inserido digitalmente (e aplicado um efeito de "envelhecimento" à imagem).

Pessoalmente nada tenho contra pseudo-documentários recreativos que nos distraiam e entretenham... mas nestes casos será importante que os programas estejam claramente identificados como tal e não como supostas representações fieis/reais do que quer que seja - senão estará a deseducar-se toda uma nova geração, que acreditará em mitos inventados por uns quaisquer produtores... e chegar ao ponto de se achar que os Flintstones também são uma representação realista de uma família pré-histórica.

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

A Saída de Car(v)alho da Silva da CGTP


Eu serei a última pessoa a poder criticar os deslizes de escrever no teclado, já que não há dia que passe sem que "coma uma letra" ou faça um trocadilho quando os dedos não têm velocidade para acompanhar o pensamento. Mas... por vezes há situações ingratas, como ficou demonstrado no Jornal da Noite, quando relatam a saída do ex-líder da CGTP Carvalho da Silva... e que na TV ficou marcada como sendo a saída de "Caralho da Silva".

Não será tão subtil como o caso da "vírgula", mas... é da maneira que se vê a importância que um singelo e tão subestimado "v" pode fazer!

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

A Mentira da Verdade - o Polígrafo

E novamente ontem fomos presenteados pela segunda emissão do "Momento da Verdade" na SIC.

Se a emissão da semana pessada foi uma verdadeira bomba (ver o meu post anterior) já este não se ficou atrás, por outros motivos.

Se a maior parte do programa se passou num ambiente descontraído e divertido, tudo mudou quando se chegou a uma pergunta chave:
"Alguma vez bateu na sua mulher?"

Pergunta que causou o uso da "campainha" para que não fosse respondida... mas com reacções que evidenciavam a gravidade da questão.

Houve também quem tivesse ficado chocado com a resposta negativa à pergunta "Sente orgulho do seu filho?" e posteriormente à pergunta que terminou o programa por ter sido (alegadamente) respondida com uma mentira: "Guarda rancor ao seu filho por este lhe ter destruído um automóvel?"
Ao qual o pai disse não guardar rancor (para surpresa do filho) mas que foi detectada como mentira pelo polígrafo.

E foi exactamente isso que me levou a escrever este post de hoje: qual a fiabilidade de um polígrafo?

Embora muitas vezes seja anunciada uma fiabilidade dos resultados na ordem dos 90-95%, a verdade é que não há provas científicas que confirmem esses resultados.
Um polígrafo mede vários parâmetros como o ritmo cardíaco, o ritmo respiratório, etc. que são depois interpretados por um especialista.
Ora aqui está a grande falha... o polígrafo é incapaz de detectar uma verdade ou uma mentira - quem o faz é o seu operador, e portanto reflecte apenas a opinião de uma pessoa.

Para além disso, essa análise está dependente das perguntas de controlo, que visam estabelecer a base de comparação para as demais perguntas - um interrogatório mal planeado destrói por completo qualquer hipótese de obter dados minimamente relevantes.

Assim sendo, toda a base deste programa que visa ser apologista da "Verdade" é uma grande treta (para quem ainda não o soubesse) - especialmente quando faz perguntas que causam grandes conflitos internos e grandes níveis de stress e ansiedade; como neste caso, de um pai dividido entre o fascínio que tinha pelo seu automóvel e pelo desejo de perdoar o filho. Se respondeu verdade ou mentira... isso acho que nem ele sabe, quanto mais uma máquina.

Bem sei que o que vende é o "show" dado, e para atingir esse objectivo não se olham a meios.
Mas antes de acreditarem cegamente nos resultados de um polígrafo e crucificarem qualquer um dos concorrentes, por favor lembrem-se que estes resultados são apenas ligieramente melhores do que decidir atirando uma moeda ao ar.
(Por algum motivo os testes de polígrafo não são considerados válidos na maior parte dos países Europeus, e nem mesmo na maioria dos EUA .)

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

O Momento da Verdade

Isto de 90% da minha programação televisiva ser exclusivamente choose-to-view (ou seja, escolho exactamente aquilo que quero ver, entre séries e filmes) faz com que ande meio ausente do que se passa no panorama televisivo nacional.
E sempre que tento ver qualquer coisa, depressa me lembro do motivo porque me afastei: os intermináveis intervalos publicitários.

Mas vamos ao que interessa... ontem estava eu a gastar tempo antes de ir dormir, quando passo pela SIC e dou de caras com um concurso chamado "Momento da Verdade."
Isto é, eu pensava que era o concurso... mas afinal tratava-se de um especial sobre o concurso, devido à polémica que levantou.

Oh oh, o que eu ando a perder na nossa televisão nacional...

Provavelmente já todos sabem ou ouviram falar sobre o que se passou.

O concurso coloca o concorrente face a questões que devem responder com sim ou não - sendo o prémio final uns aliciante 250 mil euros. E se as primeiras perguntas são relativamente inocentes... rapidamente poderão imaginar que 250 mil euros não se dão por dar: e as perguntas depressa se tornam numa verdadeira tortura.

No caso de ontem, um homem (rapaz?) militar, acompanhado (na "plateia") da sua companheira - mãe do seu filho - o irmão e um amigo, foi sujeito a perguntas do tipo:
- "A sua namorada já o apanhou numa traição?"
- "Já pagou para ter sexo, este ano?"
- "Desde que iniciou uma relação com a Márcia, já fez sexo com mais de 15 mulheres?"
- "Quando faz sexo com outras mulheres, usa preservativo?"



Bem... já estão a ficar com uma ideia...
E não se pense que era só sobre sexo (se bem que isso é que dá mais audiência) - pois também houve perguntas suficientes para meter a família ao "barulho", sobre a filha, irmão, etc.

Bem, em primeiro lugar não estou aqui para julgar ninguém. Ao contrário dos "comentadores" que por lá andaram, eu não conheço o casal e portanto abstenho-me de dizer se ele ou ela é tal ou tal coisa.

Porque aliás, as perguntas são "pré-gravadas", pelo que o concorrente sabe exactamente naquilo que se está a meter.


Portanto, apesar de eu ter ficado o_O com as cenas e as figurinhas feitas durante o concurso (nalguns momentos até parecia um show da Oprah - com ele a ir abraçar o irmão e tudo) a parte mais estúpida foi quando os comentadores entraram em cena.
E se de um lado tinhamos uma mulher para quem todos os homens são iguais e a quem a palavra sexo deve causar dores de cabeça; do outro tinhamos o típico defensor da postura tradicional masculina - com o Cláudio Ramos ali no meio a servir de "equilíbrio."

Meus amigos, nem 8 nem 80!

Quem são vocês para vir julgar uma pessoa com base numa dezenas de perguntas de sim e não?
Gostaria de ver a tal senhora que tanto comentou (Luísa Castelo Branco), sentada naquela mesma cadeira do concurso a fazer a mesma figurinha e a ser julgada publicamante a cada sim/não que dissesse.

Infelizmente não assisti às entrevistas que o concorrente e a companheira deram... mas imagino que estejam mais que arrependidos por se terem metido naquela situação.

Ninguém os obrigou a ir para lá... mas por aqui se vê que os limites da decência humana andam bastante em baixo, e que o preço para destruir famílias, amizades e sabe-se lá que mais, aparentemente está em saldo.


E nisso ninguém melhor que a tal Márcia, para o dizer...



Só que estendia o seu comentário não só ao seu companheiro, mas também a este tipo de programas que lucra com a humilhação alheia.
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