Tesla autónomo atropela robot no CES

Naquilo que à primeira vista até poderá parecer o primeiro sinal de rivalidade entre máquinas, no CES deu-se o caricato caso de um Tesla em modo autónomo a atropelar um robot.

Um caso que no entanto levanta bastantes dúvidas, já que tanto o robot parado na via, como o local em questão pouco propício para activar o modo autónomo do Tesla levantam bastante suspeitas sobre se não terá sido uma manobra publicitária encenada pelos fabricantes daqueles robots, a Promobot.

China cria robot que passou exame de medicina

Se pensam que só os motoristas têm uma profissão condenada a ficar extinta por conta dos carros e camiões autónomos, eis que na China foi feito o primeiro robot que conseguiu passar os exames de medicina, estando portanto apto a tornar-se um "médico" de verdade.

O robot equipado com inteligência artificial concluiu o exame com uma pontuação de 456, 96 acima do que seria necessário para passar o exame.

Mas, não se preocupem que ainda não terão que se preocupar em dar de caras com um robot da próxima vez que forem a uma consulta. O sistema visava apenas demonstrar a sua validade como ferramenta de auxílio para os médicos e demais profissionais de saúde e não como algo que os deva substituir completamente... pelo menos, por agora!

... De qualquer forma, é um primeiro passo para que os nossos smartphones e outros equipamentos futuros possam vir a integrar verdadeiros médicos personalizados que nos acompanham 24h por dia e nos podem assistir e auxiliar sempre que for necessário, incluindo a capacidade de nos dizer que está na hora de irmos ver um médico de verdade.

Qual o futuro dos trabalhadores numa sociedade onde robots são melhores e mais baratos?

A revolução industrial veio revolucionar a indústria produtiva, mas agora aproximamos-nos de uma nova revolução que - como sempre - causa bastantes preocupações: como será a sociedade numa era em que a maioria dos postos de trabalho sejam substituídos por máquinas e robots?

A questão é pertinente e não terá uma única resposta. Há que relembrar que sempre que existe alguma (r)evolução tecnológica isso origina grandes alterações (não é preciso recuar muito para chegarmos a uma época em que o óleo de baleia era uma indústria à escala mundial - e que isso será desconhecido de grande parte das pessoas hoje em dia). E, quando algo assim acontece, o que se passa é que desaparecem umas indústrias e surgem outras, novas, no seu lugar.

É de imaginar que tal volte a acontecer com a chegada da "robotização" e da inteligência artificial, mas provavelmente a uma escala ainda maior. Imagine-se uma era em que os robots serão capazes de fazer tudo o que um ser humano consegue, mas melhor e de forma mais barata; e que teremos inteligências artificiais que conseguirão também ocupar grande parte dos trabalhos que ainda restavam? O que restará então à raça humana fazer? Divertir-se? Consumir conteúdos o dia todo?

Ninguém saberá... mas espero que em vez de ser percursor de um mundo dividido entre privilegiados rodeados de máquinas e "os outros"; sirva para minimizar essas diferenças e inspirar-nos a criar objectivos ainda mais ambiciosos que por agora nem se consigam imaginar.