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domingo, 24 de maio de 2020

Via rápida no Cairo fica a centímetros de apartamentos


Quem morar perto de vias rápidas e se sentir incomodado por isso, facilmente poderá imaginar como se sentiria se estivesse na situação que se está a passar no Cairo, em que uma nova via rápida elevada fica a meros centímetros de prédios de apartamentos.


Perante a incredulidade dos moradores, o município diz que a via rápida está devidamente licenciada e diz que são os prédios que foram construídos ilegalmente; algo que os moradores refutam, acusando o município de estar a mentir e de estar disposto a tudo para garantir que a via rápida é construída.

Quanto à possibilidade de um qualquer despiste fazer com que veículos entrem directamente para apartamentos no 4º ou 5º andar, isso não deverá acontecer, pois os prédios deverão ser demolidos (não se compreendendo porque não o foram antes de arrancar as obras de construção...)

sexta-feira, 6 de setembro de 2019

Indiano veste-se de astronauta para denunciar crateras na estrada


Por cá bem que podemos simpatizar com Baadal Nanjundaswamy, um artista indiano conhecido por chamar a atenção para causas sociais, e que desta vez decidiu vestir-se como astronauta numa paisagem que poderia passar pela superfície da Lua ou de Marte... mas que na realidade é apenas uma das muitas estradas em péssimo estado em Bangalore.

sexta-feira, 19 de outubro de 2018

Maia recebe passadeira "3D"


Os condutores que passarem pela Maia poderão ser surpreendios por uma estranha passadeira. Esta é a primeira passadeira 3D em Portugal, que tira partido de um efeito de ilusão de óptica que faz com que os traços da passadeira pareçam flutuar sobre a estrada.

Sem dúvida que o efeito é curioso, mas obviamente que o efeito só será eficaz durante as primeiras vezes que se passar por lá (e fico curioso para ver como ficará o efeito para quem vier em sentido oposto, já que seguramente a ilusão não irá funcionar - nem para esses condutores, nem para os próprios peões que atravessarem esta passadeira). Aliás, espero que este último ponto não faça com que os peões se sintam tentados a ir para o meio da rua, para verem a passadeira da perspectiva correcta... aumentado o risco de atropelamento.

Pessoalmente, continuo a achar que o mais importante a nível das passadeiras, seria aplicar-lhes sistemas de iluminação dedicados que tornassem os peões bem visíveis à noite. É assustadora a quantidade de passadeiras que permanecem em total escuridão, e que parecem estar a mesmo a fomentar os atropelamentos (então em dias de chuva...)

domingo, 28 de maio de 2017

Modelo russa faz sessão fotográfica nos buracos das estradas


Se há coisa que parece ser comum em todo o mundo são os buracos nas estradas, mas Anna Moskvicheva, modelo e blogger russa, decidiu fazer algo original para sensibilizar as entidades competentes a resolverem o problema: fez uma sessão fotográfica numa dessas "crateras".

... Não sei se serei sou eu, mas penso que esta iniciativa poderá ter precisamente o efeito oposto, de fazer com que algumas pessoas comecem a fazer propositadamente mais buracos nas estradas, com a esperança de que mais modelos comecem a flutuar neles...

sábado, 8 de abril de 2017

Grupo de "anarquistas" está a arranjar as estradas de Portland... ilegalmente


Em Portland, nos EUA, um grupo de cidadãos ficou farto de esperar que os serviços municipais arranjassem os muitos buracos nas estradas, e decidiu passar das palavras aos actos, tapando os buracos eles mesmos.

A população muito tem apreciado o trabalho destes "anarquistas", e muitos são os que se têm juntado ao movimento, mas - caricatamente - não são bem vistos pelas entidades competentes (ou deveria dizer incompetentes), pois são acusados de estarem a cometer uma ilegalidade, por não terem autorização para fazerem o que fazem.

... Segundo o grupo, as estradas pertencem à comunidade, pelo que consideram perfeitamente legítimo que a comunidade trate de as manter em boas condições.


terça-feira, 24 de janeiro de 2017

Via que contorna pórtico da A29 já abriu


Demorou mais de um ano, mas finalmente temos a solução absurda a um problema absurdo: em Gaia criou-se uma via alternativa que contorna a passagem de um dos pórticos de portagem da A29!

A criação de um pórtico na A20 entra Valadares e Gulpilhares foi (mais) um dos atentados que não se percebe como podem ter sido aprovados, criando um verdadeiro muro virtual. Para quem trabalha no Porto e se desloca de carro, umas dezenas de metros de distância são tudo o que é preciso para significar mais umas centenas de euros anuais em portagens - ou, obrigar a fazer muitos mais quilómetros por estradas em péssimo estado e sem condições para o fluxo extra de trânsito. E isto sem esquecer de referir que a A29 veio destruir a parcela da estrada nacional 109 que servia este mesmo propósito. Ou seja, corta-se a alternativa viável para aplicar uma estrada obrigatoriamente a pagar... e agora culminando na criação de uma estrada alternativa que literalmente contorna o pórtico.

Será estúpido ter que recorrer a tal solução em vez de responsabilizar e corrigir o problema na origem, mas aparentemente, é esta a única forma de resolver os problemas neste país... gastar dinheiro a criar complicações desnecessárias, para depois se gastar ainda mais dinheiro a arranjar soluções para problemas que nunca deveriam ter existido.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

UK está a remover linha central das estradas para aumentar segurança


No Reino Unido a repavimentação das estradas está a ser acompanhada por uma novidade inesperada: a remoção da tradicional linha central divisora das faixas de rodagem - e a explicação é a de que isso torna a estrada mais segura.

Experiências feitas nalguns troços demonstraram que sem a linha central os condutores reduzem significativamente as velocidades médias de circulação, provavelmente por não se sentirem "tão seguros" como quando existe uma linha a demarcar a sua faixa de forma clara, e o resultado são menos acidentes.

Faz-me lembrar uma célebre pergunta de um consultor de segurança rodoviária que a respeito da condução perguntava às pessoas: "Se você tivesse uma faca apontada a si presa no centro do volante, conduziria da mesma maneira que habitualmente?" A que a maioria das pessoas respondia com um categórico "Obviamente que não!" E a resposta era peremptória, "pois... mas devia conduzir como se lá estivesse a faca, pois o risco continua a estar presente" (mas escondido pela segurança que depositamos na construção dos automóveis, airbags, e demais sistemas...)

sexta-feira, 1 de maio de 2015

Grafittis obscenos como forma de acelerar a reparação dos buracos nas estradas


Quem é que, diariamente, não tem que pôr à prova os seus dotes de slalom para evitar os muitos buracos (por vezes autênticas crateras) que temos nas nossas estradas? No Reino Unido, houve alguém que decidiu recorrer a uma técnica mais controversa para acelerar o processo de reparação... desenhando grafittis obscenos sobre os buracos.

O "artista" diz que a táctica tem funcionado, com os desenhos a chamarem a atenção para os buracos, e que mesmo no caso das reclamações servirão para fazer com que o buraco seja tapado mais depressa - mas do lado das entidades oficiais, a opinião é oposta: dizendo que se trata de autêntico vandalismo sem qualquer respeito pelos moradores e crianças que têm que passar por essas estradas. E que o dinheiro que tem que ser gasto a limpar os grafittis são um desperdício (uma queixa um pouco estranha, pois os mesmos estão a ser feitos com tinta solúvel que desaparece ao fim de poucos dias.

... Considerando os buracos que por cá se mantêm ao longo de meses, espero que alguns artistas nacionais adiram a esta táctica para ver se resolvem o problema mais rapidamente. :P

sexta-feira, 10 de abril de 2015

Gaia quer contornar pórtico "estúpido" em SCUT


Já muito se falou da palhaçada que foi a criação das SCUTs como alternativas "sem custos" às auto-estradas; mas que afinal também passaram a ser pagas - e bem pagas, com contratos milionários de fazer roçar o absurdo, quer por lá passe tráfego ou não. Mas no meio de todo esse surrealismo, há casos que se tornam ainda demais caricatos, como o que acontece na A29 em Gaia e que agora deverá dar origem a uma nova via para contornar um dos mais injustos pórticos.

O pórtico da A29 em Gulpilhares é provavelmente a maior aberração que se pode imaginar, parecendo ter sido estrategicamente colocado para lixar toda a população que viva a sul de Valadares, e onde uma diferença de 500m pode significar que alguém possa ir trabalhar para o Porto todos os dias sem taxa adicional... ou ter que pagar mais de 200 euros por ano por esse "privilégio", em suaves prestações de 0,45€ em cada passagem.

Ainda por cima, é mais um daqueles casos em que recorrer às ditas "vias alternativas" é uma boa treta, pois embora digam que cumprem os requisitos técnicos... não há desculpa para o facto da SCUT ter sido feita em cima da ex-estrada nacional 109 - que assim foi roubada às populações.

E agora chega-se ao cúmulo do ridículo, onde em vez de corrigir o problema efectivo (remover o pórtico) se opta por fazer um "remendo", sob a forma de uma nova via que permita ultrapassar o pórtico em questão.

Meus amigos, deixem-se lá de burocracias e ganhem a sensatez de reconhecer que quando algo está mal feito há que corrigir a situação da forma mais simples - e não andar a fazer caricatos remendos que deixarão pasmada qualquer pessoa dira "civilizada"!


[Não, não será assim, mas é quase...]

terça-feira, 7 de outubro de 2014

Justiceira da estrada vinga-se de quem deita lixo para a estrada


Eu sou uma pessoa bastante pacífica, mas se há coisa que me consegue irritar profundamente é a falta de civismo e coisas como o atirar de lixo para fora do carro, como se o mundo fosse o caixote de lixo destas pessoas. Muitas são as coisas que me passam pela cabeça nesses momentos... e felizmente, seja falsificado ou não, parece haver alguém que concretiza tudo aquilo que eu imaginei.

Em vez dos tradicionais vídeos de acidentes e casos insólitos na estrada, desta vez trago-vos uma vídeo que mostra uma autêntica justiceira da estrada que trata na mesma moeda aqueles que atiram lixo para fora dos seus veículos. Sim, é precisamente isso que estão a imaginar, pegar no lixo que eles atiraram para a rua, e devolver à procedência... e sem grandes cuidados.

Eu sei que não se deve promover a "justiça pelas próprias" mãos... mas neste caso... é mais que merecido! :P

sábado, 21 de setembro de 2013

Utah passa limite de velocidade para 130Km/h por ser mais seguro


No Utah, os condutores vão poder encontrar mais estradas com limite de velocidade de 80mph (cerca de 130Km/h) em vez das habituais 75mph (120km/h), e o motivo para isso é que depois de terem sido feitos vários estudos se concluiu que é mais seguro circular a essa velocidade.

Seria bom que por cá se fizessem estudos idênticos, já que considerando a maioria dos veículos e as nossas auto-estradas, é "criminoso" manter uma velocidade de 120Km/h - que, sejamos francos, quase ninguém cumpre. O verdadeiro perigo está em permitir que seja legal circular nestas estradas a velocidade de 60 ou 80Km/h! Já que o diferencial de velocidade máxima-mínima é que se torna no factor de risco.

Para mim era simples... auto-estradas: velocidade mínima de 110Km/h, velocidade máxima de 150Km/h; com a consideração especial de faixas "lentas" em subidas íngremes para veículos que não pudessem manter a velocidade mínima.

(E isto para não ser mais radical e propor a ideia de auto-estradas com velocidade de circulação única! Que resolveriam de uma vez por todas a questão das ultrapassagens ou picanços - era tudo a seguir tipo comboio à mesma velocidade, e mais nada! - Mas isso penso que só quando se tirarem os humanos do volante e deixarem que sejam os carros a conduzir sozinhos é que poderá vir a ser possível.)


terça-feira, 13 de setembro de 2011

SCUTS - Paga Quer Não Queiras... Quer Queiras!


Ah, as nossas adoradas SCUTs, um sistema tecnologicamente avançado para fazer aquilo que se poderia fazer de forma muito mais simples - mas, não é isso que está em causa aqui hoje.

O que está em causa é que para além de todos os condutores que pagam sempre que passam por baixo de um dos pórticos, há outros que têm que sofrer a chatice de terem que se deslocar a um posto dos CTT para pagar a conta... E, não são raras as vezes em que, quando lá chegam, lhes digam que a passagem ainda não está no sistema e que não podem pagar.

Não faz mal... é que embora se tenham incomodado e perdido tempo a tentarem pagar... agora levam com multa!

... Seria assim tão inimaginável que, os senhores que pensaram nesta "solução" de roubo automático aos condutores, tivessem previsto igualmente que seria necessário arranjar formas alternativas de pagamento que efectivamente funcionassem?

Eu nem quero imaginar na dor de cabeça que seja para um turista estrangeiro passar numa SCUT em Portugal com o seu automóvel.

domingo, 5 de dezembro de 2010

Estradas de Ouro em Portugal

No outro dia falava de estradas solares, que apesar de ecológicas (permitem gerar energia, e têm iluminação/sinalização integrada) custavam uns exorbitantes 4.4 milhões de dólares por cada milha (cerca de 1.6Km) - mas mal imaginava eu que cá por Portugal já andassemos muito à frente desta tecnologia.

É que... só isso pode explicar termos um troço de 1Km a custar mais de 8.2 milhões de euros em Portugal.

O mais engraçado é que esta estrada, há apenas 2 meses atrás, custava "apenas" 6 milhões... uma estranha inflação de 2 milhões em 2 meses... Parece que alguém já estará a esfregar as mãos perante tal prenda de Natal.

Mais estranho ainda, é que os estudos para este troço já estejam a ser feitos desde 2004, mas só agora alguém se lembrou de invocar "urgência imperiosa" - que permite evitar um concurso público, e atribuir a obra directamente a quem mais... interessar?

Por um lado é bom que este tipo de coisas aconteçam... Se isto vai estourar mais cedo ou mais tarde, é da maneira que será mais cedo!

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Ainda as SCUTs

Esquecendo por um momento toda a palhaçada que é cobrarem por estradas que foram feitas em cima de estradas nacionais - e onde as supostas "alternativas" são aquilo que todos sabemos; expliquem-me apenas como é que estes senhores têm o descaramento de dizer que o DEM (mais valia ser o DEMO!) é opcional quando:

passar aqui no pórtico custa 0,45€.

Ida e volta = 0,90€.

Mas, se forem  pagar a uma PayShop... custa 1,50€!?!

Ah pois, é que cada passagem incorre numa taxa de processamento extra de 0,25€! (*diz no talão)
Mas depois,qual milagre da multiplicação, a taxa extra dessas duas passagens (2x 0,25) converte-se em... 0,60€!?! Devem ser máquinas Pentium que ainda têm o bug do arredondamento!

Na prática... passa quase para o dobro!

Assim... não há dúvidas que o DEM/Via Verde seja puramente opcional, tão opcional como usar aquelas "alternativas" que obrigam a andar em estradas esburacadas por mais 30 ou 40 minutos para evitar os 20m do pórtico!


Para além disso, alguém já viu como se processa o pagamento manual? Basta chegarem a uma PayShop e dizerem uma matrícula... nem sequer têm que provar que é vossa.
Isto até poderia ser usado para controlarem por onde anda qualquer veículo que quisessem, não fosse o registo do pagamento nem sequer dizer onde/quando passaram. É isso mesmo... é pagar, e se necessitarem controlar se realmente são as vossas passagens... AZARITO!

... Conclusão: ainda faltará muito para alguém mandar estes pórticos abaixo???

domingo, 5 de setembro de 2010

Trânsito em Londres

Tendo tido oportunidade de andar a circular de automóvel por Inglaterra recentemente (normalmente ando de metro/comboio - logo, sem oportunidade de "apreciar" a condução pelo lado "errado" das estradas ;) houve algumas curiosidades que me chamaram a atenção e que gostava de partilhar convosco.

Para começar, os semáforos com o pré-aviso de verde - que tanto adoro, e que são comuns em tantos países europeus mas que tardam a chegar a Portugal. Basicamente, quando está o semáforo vermelho, cerca de 1 seg. antes de mudar para verde, acende-se a luz amarela (com o vermelho ainda aceso).
Ou seja, ganha-se aquela fracção de segundo necessária para engatar o carro, e transferir o pé do travão para o acelerador.

Em segundo lugar, para além de praticamente todas as passadeiras terem uns pilares de sinalização iluminados com uma luz a piscar, muitas delas tinham também projectores de luz a iluminar a própria estrada - particularmente nos subúrbios e estradas menos iluminadas.

Considerando que diariamente passo por autênticas aberrações, de passadeiras colocadas no local mais escuro possível entre postes de iluminação - que tornam praticamente invisíveis qualquer pessoa que lá ouse atravessar... É algo que há muito reclamo, mas que fiquei feliz por ver que há quem já tenha posto em práticas estas "ideias luminosas" de segurança básica - para não dizer senso comum!

Por último... e para além das inúmeras câmaras de controlo de velocidade, achei piada ao sistema utilizado para fazer a junção de uma via com duas faixas noutra:

O que eles fazem é fazer a junção desfasada das duas faixas que se querem juntar na via principal. Primeiro juntam uma das faixas, com a faixa exterior a permanecer separada por mais umas largas centenas de metros... e só depois fazem a junção dessa faixa.
Simples, e eficaz.

Quanto aos condutores que habitam nas nossas estradas, e que insistem em circular pela esquerda deixando  as faixas à direita livres... em Inglaterra não têm esse problema: lá, esses condutores encostam-se... à direita. ;P

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Trânsito "da China"

Enquanto por cá a época quente de férias se aproxima do fim e os Portugueses desesperam com qualquer engarrafamento que os faça perder algumas dezenas de minutos... imagino como reagiriam se tivessem que lidar com este algo deste tipo: na China há um engarrafamento que dura há 10 dias e que se estende por 100km!

Num dos dias, os veículos progrediram apenas 1km em 24h, e as autoridades estimam que sejam necessárias várias semanas para conseguir normalizar a circulação.

Isto sim... seria verdadeiramente desesperante para qualquer condutor ocidental.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

SCUTs - Paga e Cala

Artigo escrito por Mário Ferreira

Dia 1 de Julho entra em vigor a cobrança das scuts, ou pelo menos o governo assim o afirma.

Tendo passado frequentemente na A28, e visto o sistema de leitura previsto, que não é mais do que um pórtico metálico equipado com sensores, surgem as dúvidas sobre como se processará a cobrança.

A realidade é que os referidos pórticos não se encontram colocados sobre as entradas/saídas da A28, mas sim no interior da mesma. Mais ainda, eles são em número reduzido (Apenas a título de exemplo, no trajecto Póvoa-Porto, existe apenas um único pórtico colocado perto da saída de Lavra).

Não existe igualmente qualquer tipo de aviso nos acessos à A28 sobre a existência de cobranças.

Eis então as dúvidas que surgem sobre todo este sistema (e isto esquecendo as questões já muito debatidas sobre a justiça na aplicabilidade das mesmas dado que a zona não cumpre com os requisitos mínimos que o Estado definiu para a aplicabilidade do sistema, em particular os económicos e acima de tudo os do tempo gasto no uso das alternativas). Recorde-se que estas dúvidas não se aplicam apenas a esta estrada, mas à maioria das SCUT que servem o Porto e que irão igualmente passar a ser pagas:


1 - A moralidade de uma cobrança não sinalizada.

Dado o facto de nada ser assinalado, com que moralidade um condutor que entre num troço equipado com pórtico é cobrado, independentemente de possuir chip ou não?

É que como referi, por exemplo no troço Póvoa-Porto, apenas um troço possui o pórtico de cobrança, o que quer dizer que é possível entrar, usar e sair da auto-estrada em outras zonas da mesma, sem que seja aplicada qualquer cobrança. Ora assim sendo não é o uso da A28 que é cobrado, mas sim a passagem naquele pequeno troço em particular, que naturalmente deveria estar sinalizado como cobrado, distinguindo-se assim dos demais onde não é aplicada a cobrança.

2 – A moralidade, da cobrança por igual a quem dá usos diferentes e real custo por KM.

Afirma o governo, numa frase que apenas posso considerar como enganadora e desprovida de verdade que as SCUT irão ser cobradas a uma taxa de 8 cêntimos por km. Tal poderia ser verdade se existisse um controlo efectivo nas entradas, aplicando-se assim o principio tão aplicado em outros locais do utilizador pagador. Mas a realidade é que, não só temos troços não pagos, o que quebra essa regra, como não há controlo sobre o uso efectivo da auto-estrada.

Para explicitar melhor a situação vamos a um exemplo prático, e para tal relembro o que já referi anteriormente sobre a existência de apenas um único pórtico sobre a A28 no trajecto Póvoa-Porto, situado antes da saída para Lavra.

Ora um utilizador que passe sob esse pórtico é cobrado em 1.5€. Fazendo as contas a 8 cêntimos/km, teríamos que cobrar 18,75 km, o que faz com que, cobrando desde a Póvoa, 1,2 Km após a saída de Lavra a estrada passe a gratuita. Usemos então neste exemplo esses pontos como a referência para início e término da zona de cobrança da Auto estrada, dado que eles não são verdadeiramente definidos.

Agora analisemos 2 percursos. Póvoa-Porto e Fajozes-Lavra, em que ambos, por forçarem o condutor a passar sob o pórtico serão debitados do mesmo valor (1.5€) (para quem não conhece, Fajozes fica logo acima de Lavra e antes da Póvoa).

Ora, independentemente do término da zona de cobrança, a realidade é que quem faz Póvoa-Porto pode utilizar 29,5 Km de A28 desde a zona industrial das Cardosas até à Rotunda AIP. Dado os pontos de inicio e término da cobrança não serem definidos até se poderá dizer que para estes o custo real por Km de uso da A28 fica nos 5 cêntimos. No entanto nem pretendo entrar por ai.

A realidade é que quem faz Fajozes-Lavra apenas percorre 5 Km na A28, e é cobrado pelo mesmo valor dado não haver controlo nas entradas. Ora se a matemática não me falha isto são 30 cêntimos/km. E aqui meus amigos não há dúvidas sobre o inicio ou fim das zonas de cobrança. Passou, pagou e não há por onde fugir dado não haverem entradas ou saídas da A28 neste troço. Onde raio ficam então os 8 cêntimos de que o Governo fala? A conclusão que eu chego é que a Scut não é paga, o troço é que é pago e BEM PAGO! Mas se assim é, vamos cair na primeira dúvida já colocada e num preço por km BASTANTE acima do indicado.

3 – O funcionamento do sistema de cobranças

Como é sabido, o sistema irá funcionar através da leitura de um chip. Ora naturalmente, à semelhança do que se passa com a Via Verde, só adquirirá este sistema quem efectivamente necessita dele. Mesmo com a gratuidade do chip, tal não invalida essa situação. Se eu vivo numa zona na qual, na minha vivência normal, não necessito do chip, porque motivo iria eu tratar de instalar um? Aliás nem todos os condutores são Portugueses, há muitos com nacionalidades estrangeiras a circular nas nossas estradas.

Questiono assim se o sistema não criará uma situação discriminatória em que serão debitados os locais que diariamente lá passam, mas ficarão por debitar todos os habitantes de outras zonas do país ou de outros países. É que não há possibilidade de pagamento directo, e assim sendo a questão é bem pertinente. Dia 1 de Julho, milhares de espanhóis irão percorrer a A28, como é habitual, na direcção do IKEA, sem serem cobrados. Assim sendo porque motivo tenho eu de pagar?

4 - A constitucionalidade do sistema de cobrança.

Corrijam-me se estiver enganado, mas a constituição Portuguesa oferece-nos a todos certos direitos e garantias às quais não há que discutir. Ora um desses direitos e garantias é exactamente o direito à privacidade.

Para alem da eventual situação discriminatória que se referiu no ponto 3, que me parece igualmente ser protegida pela constituição, a verdade é que sendo um direito, a privacidade tem de ser mantida.

Se uma privacidade absoluta é impossível de se manter, a forma mais simples e directa de a garantir é através do pagamento em dinheiro: Não ficam nomes, não ficam registos, e como tal há uma efectiva privacidade. Eu posso ter um cartão de débito/crédito e preferir pagar em dinheiro se não quiser registos. Eu posso ter Via Verde e preferir pagar em dinheiro para não ficar o registo. É um direito que nos assiste, garantido na constituição!

Mas e aqui? Passando na portagem fica um registo, e o custo é depois mandado para casa. Se assim é, onde está a minha privacidade garantida, dado que o envelope pode ser aberto por terceiros. E mais ainda, em caso de empréstimo de carros o trajecto é debitado ao dono do veículo e não ao condutor. Onde está garantida a privacidade nesses casos?

Onde está então a alternativa de pagamento que me garante a privacidade.

Há quem diga que há uma forma muito simples de evitar isso, pura e simplesmente não indicando o local de estrada sobre o qual é efectuado o débito. Mas isso não é correcto! Será o mesmo que passar uma multa a alguém sem dizer qual a infracção cometida ou o local onde a cometeu. Quem paga tem direito à descrição completa do que está a pagar, até porque poderá haver motivos para reclamação de algum tipo (estou-me a lembrar do caso de um carro roubado onde se cairia no ridículo de se lhes ter de pagar ainda as portagens).

Fosse como fosse, dado que este tipo de débito indica uma passagem por uma auto-estrada, a privacidade estaria logo invalidada. Poderia não indicar onde se foi, mas indicaria que se saiu da cidade pelo simples olhar para o envelope com os dados de cobrança, estando desde logo quebrada a privacidade, nem que seja parcialmente.

E em caso de extravio da correspondência (o serviço de entrega passa por terceiros)? O que se passará?

E mais ainda, o que impedirá algum brincalhão de se meter a andar para a frente e para trás na portagem passando sob os pórticos?

5 – Que dados possui o chip

Pode parecer ridículo, mas questiono: O chip não pode ser roubado?

Ou não podem existir sistemas de leituras de chips manuais?

Não deveríamos por isso ser informados sobre os dados que o chip contem, e o governo forçado a garantir que o sistema não irá criar situações onde dados confidenciais podem ser furtados. Por exemplo, um telemóvel pode ter muita informação, mas é meu, e sou eu o responsável pelos dados que lá lhe meto. No chip não!

Há muitas, muitas dúvidas por responder, mas o governo permanece inflexível. Dia 1 paga-se!

quarta-feira, 9 de junho de 2010

SCUTs

- Mas afinal, quanto é que vou ter que pagar?
Oh pá, não sei, depois digo-te, precisas é do chip.
- E como é que pago?
Também não sei, isso depois vê-se! Não te esqueças é do chip!
- Mas então, onde é que arranjo o chip?
Tanta pergunta! Sei lá! Isso depois vê-se! Tens é que ter um chip e pagar, e depois é que se vê!!!
Pode parecer um sketch do Gato Fedorento ou dos míticos Monty Python, mas é a triste realidade que impera no nosso país. Não se sabe bem como, quando ou porquê; mas o que é certo é que a partir de 1 de Julho as SCUTs são para pagar!

Não é a primeira vez que venho para aqui desabafar sobre as Scuts (e não só), mas não há volta a dar... Parece mesmo que andam a gozar com as pessoas.

Faltam cerca de 3 semanas para se começar a pagar; mas ninguém sabe como ou quanto - enquanto alguns partidos ainda colocam em causa a legalidade da obrigatoriedade de um chip identificador.
Já nem falo daqueles casos dos turistas que nos visitem (vão ser obrigados a ter que espetar um "chip" no vidro, apenas por terem vindo a Portugal um par de horas???)... ou dos pseudo modo de pagamento "anónimo" pré-carregados (o que acontece se acabar o saldo a meio de uma viagem? Fica em "crédito"?... Então não era anónimo???)
Enfim, tudo questões que ninguém quer - ou sabe - explicar.

E ainda nos vêm dizer que depois há troços isentos (mas que estão carregadinhos de pórticos! - Então porquê, se não não vai ser para pagar; será mesmo só para "controlar" por onde andamos!?!) e que os preços até poderão variar em função do dia e da hora: ou seja, vamos pagar, e nem vamos saber bem quanto ou porquê... é pagar e calar!

Querem que quem mais gasta, pague mais? Meus amigos... não é isso que já acontece com os impostos que pagamos sobre os combustíveis?
Ah, tem que ser a taxa para os concessionários?

Então como raio justificam troços exactamente paralelos a auto-estradas existentes, a poucas centenas de metros de distância? Somos assim um país tão avançado onde já nos damos ao luxo de ter estradas redundantes, ambas pagas a peso de ouro???



Já faz lembrar os investimentos mega-milionários no TGV, que se fossem distribuídos por cada português dariam para comprar um Porsche a cada um de nós!

quarta-feira, 26 de maio de 2010

O Civismo dos Condutores

Artigo enviado por Mário Ferreira

A nossa sociedade está perdida. A cada dia que passa cada vez mais as pessoas pisam mais para lá do risco que separa as boas regras de cidadania da total selvajaria. Vemos isso em todos os locais, mas penso que na estrada e no atropelamento pelas regras do seu código é onde as coisas são piores.

Carros em segunda e terceira fila, excessos de velocidade, ultrapassagens pela direita, paragens no meio da via para se cumprimentar alguém, mesmo que isso implique a paragem de todo o trânsito atrás, etc. Enfim...

Mas há limites para tudo. E ontem vi um dos maiores atropelos ao código da estrada da minha vida. Uma situação que já durava à meia hora e de total gozo e desrespeito para com as pessoas.

A rua que serve a minha garagem é uma pequena rua com comércio dos dois lados, e sem saída. Serve igualmente a garagem de um outro prédio, e é extremamente concorrida para estacionamento, sendo comum ter carros parados em excesso e a diminuir a zona de passagem. Mas eis a situação com que me deparo ontem, e creio que as imagens falam por si:



É verdade. Este senhor ou senhora resolveu deixar o carro na posição que se vê nas imagens e foi embora à sua vida.

O carro encontra-se parado no meio da via, sobre uma passadeira e a bloquear completamente o acesso à rotunda.

Naturalmente que esta situação não podia ficar em branco, pelo que chamei a policia que multou e rebocou o carro. Mas segundo outras pessoas que se mostraram igualmente chocadas, o carro esteve pelo menos meia hora naquela situação. O pior de tudo foi que quem viu antes de mim nada fez, limitando-se a entrar na rotunda pela faixa de saída, mesmo que consciente que caso gerasse um acidente ao entrar na rotunda em sentido contrário e curvando à direita para regularizar a sua marcha, seria culpado pelo mesmo, dado encontrar-se em total violação do estipulado no código da estrada.

Já agora uma outra curiosidade que se vê na segunda fotografia. A Carrinha Opel que está na imagem não está a circular. Está na realidade parada no interior da rotunda (o que o código proíbe expressamente), numa situação transitória mas que as pessoas por aqui parecem aceitar como normal. É que ali uma caixa multibanco, e como tal esta situação repete-se dezenas de vezes por dia, mesmo que por breves minutos.

E assim vai o nosso pais…

[Nota: espera-se que lhe tenha servido de lição, a polícia multou e rebocou o veículo... ]

quinta-feira, 1 de abril de 2010

SCUTs Gratuitas

 É oficial, as portagens nas SCUTs vão mesmo ficar indefinidamente adiadas. Após longas deliberações (e uma réstea de invulgar clareza mental) todos os deputados da Assembleia da República chegaram finalmente a um consenso: as SCUTs já estão mais que pagas, muitas delas tendo sido feitas sobre estradas nacionais que agora ficaram completamente decepadas e inutilizáveis, e que a tentativa de dizer que há vias alternativas é na realidade... uma miragem.


Assim sendo, os pórticos das SCUTs já instalados servirão apenas como "tacho" para os seus instaladores, que receberão assim mais alguns milhares (milhões?) de euros dos nossos impostos; e já se sabe - que como nada é certo - daqui por uns dias o assunto voltará a estar em cima da mesa, desta vez com uma nova implementação: com chips GPS nos veículos que permitirão taxar os condutores ao metro!
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