Tenho que vos confessar que diariamente ouço "milhões" de coisas que me fazem desejar poder ter 48h por dia apenas para vir para aqui desabafar/desbobinar... Mas a questão "económica" e da "crise", essa já nem dá vontade disso...
É tal a situação surreal a que chegamos - e que permitimos chegar - com a simples lógica que qualquer ser racional poderia/deveria ter a ser subvertida pela pseudo-lógica da ganância financeira, que continuamente vai chulando tudo e todos, dos mais pequenos a países inteiros... que até dá vontade de fugir de isto tudo.
Se isto tem sido uma rebaldaria que tem que ser posta em ordem? Sim, sem dúvida... E nesse aspecto, que venha o FMI ou lá quem for, que traga as contas públicas para a luz da realidade e as torne verdadeiramente públicas.
... Nem vamos falar nos nossos queridos deputados, com a sua bem pesada quota parte da responsabilidade no destino da nação, e que nos fazem "apertar o cinto", enquanto por si... continuam a querer voar em classe executiva, pois não podem apertar o cinto viajando com o resto do "povo".
Mas voltando ao assunto do título, parece que o FMI quer que as casas sejam mais caras.
Independentemente do mercado da habitação estar "caro" ou "barato", o que me chateia é que agora nos venham impingir as coisas que são "normais" lá fora...
Depois das casas, o que virá a seguir? Dizerem-nos que também vamos ter que mudar os hábitos alimentares e passar a ter um pequeno-almoço inglês?
Se nos querem impôr coisas "como são lá fora", porque motivo não falam de equiparar ordenados? Porque não falam de que as casas até podem ser mais baratas cá (o que duvido)... mas que o Português médio também ganha 1/3, ou 1/4, ou 1/5 do que ganha um trabalhador no resto da Europa (aquela "Europa" que dita as regras, entenda-se).
E depois começam as ameças que se calhar se tem que sair do Euro, e que a moeda se irá desintegrar... E só me pergunto: quem é que neste momento estará a esfregar as mãos de contente, e mais tem a ganhar com estas políticas com bases em rumores e interesses?...
E porque motivo se continua a dar credibilidade a instituições de ratings, que todos sabem ser uns autênticos abutres manipuladores do mercado - e que não podem ser alvo de responsabilização por apenas emitirem "opiniões"....
... O que vale é que nas próximas semanas, vamos demonstrar ao FMI e à Europa aquilo que sabemos fazer e bem: em 14 dias iremos trabalhar apenas 8, fruto dos feriados encostados ao fim-de-semana.
Um fim-de-semana de "luxo" para todos, e que permitirá - espero-eu - fazer esquecer um pouco todas estas politiquices, e mostrar-nos que a vida continua... E que a realidade é na verdade bem mais simples do que toda a poeirada que os políticos insistem em nos atirar para os olhos.
sexta-feira, 15 de abril de 2011
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