quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Tirar carta de motorizada

Eis que fico parvo!

Um colega de trabalho, já condutor há vários anos, decidiu que é mais ecológico e eficiente vir de scooter para o emprego. Até aqui nada de novo, cantam os pássaros nas árvores, e tudo vai bem no reino. Só que... alto lá! Estamos em Portugal! Vamos lá ver como é que isto se processa!

Ao contrário de outros países da UE, onde a carta de automóvel dá direito a conduzir motociclos até 125cc, em Portugal não. Isto é... dá para alguns, não dá para outros, dependendo de onde, quando, etc. - aquelas coisas do costume.

O rapaz, como é óbvio (e conveniente para esta entrada), calhou ter uma carta das que não dá para "lambretas". E eis que a saga começa...

Vocês fazem ideia do que é necessário para tirar a carta de motorizada?

Para além das habituais papeladas e de um mini-exame de código....

- Nunca percebi porque é que, uma vez que anda todo o gado junto nas estradas, porque é que uns têm que saber mais código que outros... não devia ser igual para todos?
Ah, um condutor de automóvel tem que saber a altura máxima de um camião TIR com duplo atrelado, no caso de querer ligar o Turbo-boost e saltar por cima dele à KITT!!! Os gaijos das scooters não tem disso... deve ser... deve... -

... o moço tem que levar (apontem s.f.f.)
1) Automóvel
2) Condutor
3) 2 Telemóveis (esta é que me partiu todo - se já não tivesse partido desde o primeiro ponto)
... dos quais, um com auricular, obviamente...

Já estão a ver onde isto vai parar, não?

Pois é, leva-se isto tudo - vai-se buscar o digníssimo inspector, que se senta no automóvel, conduzido por outra pessoa, pega num telemóvel e liga para o outro (com o auricular enfiado no capacete), para ir dando instruções ao "scooteiro"...
FDS!!! Paga-se a carta, paga-se a gasolina do carro, paga-se a chamada do telemóvel!

Sou só eu a achar isto completamente absurdo!?!
Se eu visse isto num sketch do Mr.Bean, ainda vá lá... agora ser realidade... Ai JASUS!

P.S. No meu tempo, dava-se 500 paus ao gaijo do stand, e ele dava-nos a licença de motorizada ao fim de uns dias... por muito absurdo que possa parecer, era menos absurdo do que agora.

8 comentários:

  1. Comigo foi um bocadinho diferente, se bem que já foi há 4 anos... O tal exame de mini-código não era necessário e tudo o resto foi muito mais simples: fui na mota da escola até ao local do exame (juntamente com um rapaz que ia tirar carta de carro) e depois o «inspector» seguiu atrás de mim nesse carro, com um auricular que me forneceram no local... Não é para duvidar desse caso, mas esses «inspectores» são muito mais manhosos...

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  2. Pois, também era essa a minha ideia - pelo que apenas fiquei ainda mais chocado por saber como é q as coisas se processavam agora.

    Parece que os cortes orçamentais já nem dão para as pilhas dos auriculares... pff

    (no meu tempo nem auriculares havia, era fazer uns "8" no meio da rua e já estava :)

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  3. Eu não fiz oitos... Depois de 20 lições sempre com bom tempo, no dia do exame estava a chover a potes (ao ponto de termos de nos abrigar debaixo de uma ponte) e acho que o examinador teve pena de mim...

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  4. Ao menos tiveste aulas!
    Eu, a um mês do exame tive que ir ter com o dono da escola de condução e dizer: "Então? E as aulas de condução de mota?"

    Ao q ele:"Ah, mas já sabes andar de motorizada, não? É a mesma coisa."

    Só que eu nunca tinha andado de motorizada sequer...

    Lá tiveram q limpar as teias de aranha a uma relíquia do séc. XV, e finalmente ia ter uma aula de mota.

    Isto se... a meio da aula, enquanto estava a andar como pendura a caminho de um sítio deserto onde não pusesse em risco os outros condutores, o raio da mota... KAPUT! avariou! Nem mais um metro!

    Nem te conto a aventura que foi - digo-te apenas que chegamos de volta à escola a bordo de um camiao da tropa, com a mota na mala.

    Foi mesmo daquelas estórias históricas para nunca mais esquecer.

    Moral da coisa: só tive uma única aula de mota, uma hora antes do exame propriamente dito.

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  5. Eu adorei as aulas de mota... Primeiro porque, ao contrário da de carro (que tirei quase por obrigação aos 18 anos), foi uma opção. E depois porque aprendi num instante e a mota com que andava (um 500cc) até era jeitosa... Foram 20 horas de aulas muito bem passadas! :)

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  6. É bom saber que há escolas com melhores condições do que aquela em que eu andei (no que respeita à carta de mota).

    Alias, aquilo na altura era uma corrupção do caraças... nem escondiam os pagamentos aos "respectivos" nem nada... Não sei como é agora, nem quero saber! ufa!

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  7. epah isso de tirares carta na aldeia, também estavas à espera de quê? ;DD

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  8. Eu para ter a carta 1º foi apanhada pela GNR :)
    Depois fui ao garanjeiro e ele meteu os papeis na camera
    No dia 3 de janeiro salvo erro de 1996 xeguei a camera na minha motorizada uma aprilia RS50 de pista toda quitada :)

    o gajo apontou para tres sinais e perguntou-me quais eram

    e disse pode ir la baixo levantar a guia

    paguei 4 contos para o gajo so me perguntar 3 sinais :(

    nem sequer me pediu para andar de mota ele sabia que eu tinha ido na minha hehehehe

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