Por vezes penso que não pertenço a este planeta. No outro dia vinha nas capas de alguns jornais que os empresários acham que se deveria aumentar o salário mínimo. Confesso que achei caricato, e me fez vir à memória a célebre liberalização dos preços dos combustíveis.
Para quem já por cá andava na altura, certamente se lembrará de todos os argumento de como a liberalização do preço dos combustíveis iria beneficiar os consumidores, ao permitir uma "maior concorrência" entre os operadores - desculpem, vou ter que me rir um pouco - e outras coisas que tais. Eclipsando-se por completo o "pequeno" pormenor de que o que havia era um limite máximo para os preços, e que os tais operadores sempre tiveram a liberdade de poder praticar preços abaixo desse limite.
De igual modo, não percebo porque motivo estes empresários estão a lutar por salários mínimos mais elevados... quando depende única e exclusivamente deles pagaram salários tão elevados quanto bem entenderem!
... É que de outra forma, não percebo mesmo qual a dúvida ou a confusão que possa existir?
Será que o que eles querem é que os seus concorrentes sejam obrigados a pagar mais aos empregados, para reduzir as margens de lucro? Mas se tal acontecer com os outros, também vai acontecer com eles, e se eles não estão dispostos desde já a pagar mais mais que o ordenado mínimo, não me parece que o façam caso ele aumente por "decreto".
Enfim... é daquelas coisas que se calhar é mesmo melhor nem querer perceber...
É por duas razões, uma é que anda muita empregador a aproveitar-se da crise para se aproveitar para baixar salários e por outro e(xistem outros que se houver aumento não se aguentam e fecham, diminuindo a concorrência (o que é bom porque se andam no mercado só porque pagam mal é porque o seu bem/serviço não gera valor)
ResponderEliminarNo que toca aos combustíveis, a coisa ia um pouco mais além: por volta de 2001 a 2003 andámos todos a consumir combustíveis financiados, i.e. nos impostos havia uma renda que ia para a galp, repsol et al.
ResponderEliminarQuanto aos ordenados além de ser como o Nuno José diz, também há a questão dos salários pagos pelo maior empregador (estado) que vão aumentar, o que implica um aumento do consumo