terça-feira, 17 de setembro de 2013

Democracia Digital em São Francisco


Não seria bom se a nossa "velha" democracia também se pudesse aproveitar das tecnologias modernas para se tornar mais eficaz e chegar mais perto das pessoas? Não sei se terei uma imagem correcta do panorama actual, mas penso que as taxas de abstenção não deixam margens para dúvida: grande parte da população não parece querer "dar-se ao trabalho" de cumprir um dos seus deveres fundamentais para o saudável funcionamento da democracia.

Mas, mesmo depois das eleições terem decorrido, políticos e "povo" parecem ficar de costas voltadas até que novamente seja época de eleições. Não seria bom que os governos pudessem usar as novas tecnologias para permitir uma maior proximidade e interacção com os desejos daqueles que lá os colocaram? Se em tempos se tinham que depositar a confiança num nosso representante, por não haver forma prática de saber quais as vontades de centenas ou milhares de pessoas - hoje em dia isso é algo que pode ser visto facilmente, à distância de um clique. E é isso mesmo que São Francisco está a testar com um programa que permite que os cidadãos escolham de que forma e em que áreas querem aplicar o dinheiro disponível.

Um programa que já tem sido usado no Brasil com grande sucesso, pois elimina uma das grandes barreiras - a de que nem sempre os políticos ou "especialistas" sabem realmente quais as reais necessidades das populações no terreno.

... A mim parece-me uma excelente evolução do funcionamento das instituições; e que - levadas ao extremo - poderiam ajudar a evitar todos aqueles abusos com que diariamente somos confrontados: como o de empresas que somam milhões e milhões de prejuízo, ano após ano, à custa dos dinheiros públicos e onde os seus gestores facilmente saltitam para outros cargos com prémios e indemnizações milionárias.

Numa altura em que tanto se fala dos governos que espião os seus cidadãos, acho que o que se deveria exigir é que tudo o que se passasse no governo pudesse ser livremente "espiado" por qualquer cidadão. Talvez as coisas funcionassem bem melhor se em vez de um único "Big Brother" tivéssemos 10 milhões de pequenos "Little Brothers" a olhar com atenção as movimentações que são feitas "em nosso nome".

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