Enquanto os pais e os "adultos" se preocupam com a crise e com a melhor forma de tentar sobreviver numa economia gananciosa (e onde infelizmente os que sofrem também fazem com que inevitavelmente os seus filhos sofram "por tabela"), chegamos a este dia sobre o qual não resisto a partilhar algumas memórias.
Em Portugal o dia 1 de Junho é do Dia da Criança. Um dia que para mim é especial por dois motivos... sendo que um deles é o facto de no dia seguinte ser o meu aniversário. :)
Mas, não é por isso que aqui estou hoje... (não vão pensar que apenas cá passei para vos cravar umas prendas.)
Para mim, o dia da criança está associado a memórias bem mais simples e... infantis. E sabem qual é a principal memória que guardo deste dia?... Era precisamente o facto de poder andar nos autocarros sem pagar!
Não sei porquê, mas para mim isso era um fascínio... poder entrar no autocarro para a escola e não ter que "picar o bilhete", assim como não ter preocupações sobre as perigosas "zonas" que frequentemente nos faziam entrar em aventuras nos casos em que tinhamos que ir para uma paragem para além da zona permitida para que tinhamos bilhete. (Sim, já naquele tempo as "zonas" pareciam ser determinadas exactamente para lixar o máximo de pessoas, mas isso é outro assunto...)
O que interessará recordar é que talvez fosse bom que certos senhores considerados importantes e poderosos, e cujas decisões se reflectem em milhões de outras pessoas, se lembrassem também dos seus tempos de criança. Tempos que desejo que tenham sido felizes, e que dessa forma talvez os façam pensar sobre o destino que querem para si e para todos os que os rodeiam.
É que, quando chegar a sua hora... não vai importar quandos milhões amealharam nas suas contas off-shore; ou quantas horas passaram de fato e gravata em reuniões com os seus congéneres... quando chegar a sua hora, talvez desejassem ter trocado todos esses milhões e tempo "desperdiçado" por alguns poucos mais momentos em que pudessem ter brincado, ou passado com as pessoas que amam. Enfim... aquilo a que realmente se deveria dar valor, mas que na grande maioria dos casos apenas se reconhece quando já é tarde demais.
sexta-feira, 1 de junho de 2012
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