Não é que fique contente ou satisfeito com esta notícia - muito pelo contrário, como é óbvio - mas vai de encontro à realidade que conheço. E que é bem diferente daquela que por vezes ouço na rádio e televisão, ao ver certos políticos apontarem para ordenados de 2000 e 3000€ como sendo "normais" cá no burgo.
Talvez seja apenas uma questão de "círculos"... talvez nos círculos deles esses ordenados sejam o mais frequente; mas... no país real... os números são bastante diferentes.
Não menos interessante seria saber também de que forma se distribuem os ordenados dos restantes 60% dos jovens... saber que são mais de 600€ de pouco ou nada diz caso 80% deles se fiquem pelos 700€... ou 90% pelos 800€.
Mas, já assim, seria interessante que um qualquer político (independentemente do seu partido), antes de abrir a boca, se "entretesse" a fazer algumas contas rápidas sobre como pretenderia sobreviver com 600€, distribuidos entre aluguer/compra de casa; comida; pagamentos da água/gás/electricidade; combustíveis e/ou transportes públicos; taxas moderadoras; SCUTs; etc.
Enfim... aquelas contas que centenas de milhar de pessoas têm que fazer diariamente... mas que parecem passar completamente despercebidas por quem diz estar a olhar "pelos nossos interesses".
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