Os portugueses dizem adeus a 2011, um ano que não irá deixar muitas saudades à maioria da população... Mas em breve poderemos estar a desejar que 2011 regressasse, pois para 2012 as perspectivas são pouco animadoras... para não dizer... desoladoras.
Enquanto na Alemanha se dão por felizes por bater recordes de emprego, por cá os recordes são em sentido inverso, com cada vez mais desempregados, empresas a fechar, rendimentos a descer e impostos a subir.
Grão a grão, cêntimo a cêntimo, os portugueses vão ficando com as carteiras vazias - alguns justamente, após anos de vivência acima das suas possibilidades, vítimas (ou não) do crédito fácil; outros nem por isso, mas apanhando "por tabela" por força das circunstâncias. O que é certo é que parece ser claro que nos aproximamos perigosamente de um ponto de ruptura: as coisas vão esticando e esticando... até não poderem esticar mais e estourarem. E embora o povo português seja "sereno"... não posso deixar de ficar com a assustadora sensação de que bastará uma pequena faísca, inócua em qualquer outra situação, para despoletar toda uma sequência de eventos de consequências imprevisíveis.
Espero estar errado, e que 2012 seja afinal o início de um futuro mais brilhante que nunca. Uma era em que haja mais justiça económica e social, e onde a ganância dê lugar à colocação da sociedade e de um país à frente dos interesses pessoais. Seria tudo tão mais simples se tudo funcionasse como é suposto: que a justiça actuasse em tempo útil, responsabilizando quem prevarica; que a saúde ajudasse quem precisa, como e quando precisa; enfim... que se visse que o resultado dos nossos impostos fossem utilizados para manter esta gigantesca "máquina" a funcionar, em vez de se ficar com a sensação de que, por mais que se pague, estamos apenas a atirar euros para uma fogueira...
Esperemos que daqui por um ano, 2013 possa fazer antever melhores perspectivas...
segunda-feira, 2 de janeiro de 2012
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