O bastonário da Ordem dos Médicos sugeriu a criação de um novo imposto sobre a comida fast-food e “dezenas de variedades de outro lixo alimentar” (e também sobre o sal, já agora).
Embora a ideia até possa ter algum mérito (não deixo sempre de achar caricato que, para quem tanto defende a saúde pública, continuem a haver médicos que fumam - por exemplo) seria também bom perguntar se, taxando de forma extra este "lixo alimentar", não seria então recomendável dar desconto extra nas comidas saudáveis?
Acima de tudo, parece-me ridículo que um bastonário possa querer passar uma questão que depende da educação para o campo da economia e dos impostos.
Por esta forma, talvez seja bom considerar agravar o IRS de todas as famílias cujo agregado não detenha cursos superiores ou mestrados. Ou, indo à raiz da questão, taxar a incompetência e a irresponsabilidade! (Ora aqui estaria algo que em Portugal rapidamente nos tiraria da crise e da recessão!)
A fast-food poderá não fazer milagres pela saúde, tal como uma bala não o fará: mas parece-me ser preciso não esquecer que, tal como uma bala só se torna mortal quando alguém decide puxar o gatilho, também um "BigMac" só entra na boca de alguém que o decidiu comprar e comer.
E se o problema são as "criancinhas" - as coitadinhas, que ainda não sabem o que fazem - penso que a maioria das que frequentam estas coisas do fast-food continuam a ter pais; pais esses que, se não são eles a preocupar-se com a saúde delas, não será por haver uma taxa "McDonals" extra que o passarão a fazer.
quinta-feira, 8 de setembro de 2011
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