As eleições já lá vão, e agora é que vai começar a "doer", com a aplicação das medidas de austeridade impostas pela troika.
Uma coisa é certa - andaram a esbanjar dinheiro que não tinham; e agora vamos ter que pagar tudo isso... e com juros q.b.!
Nem vou entrar no capítulo de, porque raio em Portugal nunca há responsáveis por nada; as coisas fazem-se e sucedem-se; e quando correm mal... azarito, ninguém tem que dar a mão à palmatória; simplesmente passa de um "poiso" para "outro" - mas vai sempre governando-se com impunidade.
Mas agora, estamos num ponto em que não é preciso ser especialista para ver que as coisas têm tido um rumo que, em vez de nos levar para um bonito pôr do sol no horizonte, nos parecem levar cada vez mais para um poço sem fundo. Os nossos amigos Europeus ajudam-nos de forma bem estranha, emprestando-nos dinheiro com taxas de juro que é melhor nem falar; mas, mais estranho ainda é que as medidas que nos dizem ser a solução do problema parecem levar-nos na direcção oposta... estagnando a economia por completo, e parando o ciclo necessário para o seu saudável funcionamento.
Não havendo emprego nem dinheiro na bolsa dos portugueses, ninguém irá comprar nada; se ninguém comprar nada, as empresas fecham (causando maior desemprego e ainda mais gente sem dinheiro); e... é o colapso total do sistema.
Porque razão, em vez de tanto nos quererem impingir a política da austeridade não optam por nos impingir uma política da prosperidade?
Será assim tão mau incentivar as pessoas a criar e a quererem ganhar dinheiro de forma justa e honesta; em vez de ser mais compensador ficar em casa a receber dinheiro para não fazer nada?
Custaria assim tanto reformular o hiper-complexo sistema fiscal que temos, com dezenas de impostos para tudo e mais alguma coisa, e basearmo-nos simplesmente numa taxa de IRS e IVA sobre o consumo?
Aliás, o próprio conceito de diferente escalões do IRS parece-me um contra-senso tremendo: qual a lógica de taxar mais quem mais ganha, se o conceito de "percentagem" já se encarrega disso mesmo?
20% sobre 500€ representam 100€;
20% sobre 10000€ representam 2000€!
Quem mais ganha já paga mais!
Ter os diferentes escalões serve apenas para que quem mais ganha se sinta incentivado (ou até "legitimado") a procurar formas de escapar a essa taxação excessiva.
Pela mesma lógica; quem é que no seu perfeito juízo terá vontade de criar uma empresa em Portugal; quando imediatamente sabe que a maior fatia dos seus rendimentos irá parar aos cofres do Estado (e todos sabemos de que forma é que esse dinheiro tem sido
A solução para a "crise" é simples: despenalizar quem cria e quem trabalha; incentivar essa mesma criação e trabalho! Tornar o sistema fiscal mais justo para todos; premiar quem trabalha e não quem nada faz (claro, salvaguardando os devidos casos de quem precisa mesmo de apoio social - mas não para passarem os dias na esplanada ou no shopping, ou em casa a jogar Xbox nos seus LCDs de 50").
Há muita coisa que tem que mudar, é certo... tal como muito coisa mudou com a revolução industrial nos séculos passados: não se pode aceitar que existam "milhões" de funcionários públicos a fazer trabalhos de "papelada", que agora podem ser feitos por meia-dúzia de pessoas usando sistemas informáticos.
Essas pessoas terão que encontrar novos empregos; tal como milhares de pessoas o tiveram que fazer quando milhares de agricultores passaram a estar "obsoletos" sendo substituidos por máquinas.
As mudanças custam, e raramente são pacíficas... mas são inevitáveis e não vale a pena fechar os olhos ou enfiar a cabeça na areia.
Dêem condições para que se criem coisas novas; e o "povo" poderá supreender tudo e todos com aquilo que é capaz de imaginar e inventar. Em Portugal não faltam casos desses; e só é pena ver todo esse esforço inglório ser rapidamente engolido pelas políticas que premeiam a incompetência que grassam no nosso País, e que fazem com que em muitos casos, qualquer pessoa inteligente opte pela solução mais lógica: levar os seus trapinhos para outro lado onde seja melhor recebido.
"Eu não percebo nada de política e economia"
ResponderEliminarDesculpa vou ser muito mauzinho mas é a coisa mais acertada que dizes.
Em todo o teu artigo demostras uma grande falta de conhecimento sobre as matérias, nomeadamente fiscal. No geral acabas por falar bem, mas como não sabes bem as consequências de cada uma das medidas que dizes (consequência em números) acabas por fazer o mesmo que todos os políticos, falam sem ciência. (social pois economia é uma ciência social). As coisas assim parecem fáceis mas medidas tão pequenas como acabar com o imposto de selo (aquele que toda a gente tem mais desejo de acabar) trás consequência enormes.
Vou-te só dar um exemplo.
O teu exemplo de IRS nem é sequer parecido com o que acontece com a realidade. O IRS funciona com escalões em todo e qualquer país por causa de um principio o principio da redistribuição da riqueza. Além disso é escalonavél isso que dizer que não é a totalidade do rendimento que é taxado mas sim a parte do escalão que o compõe. etc podia continuar Carlos mas fica só a critica espero que não leves a mal.
Este país tem dois grande problemas e só um deles é que passe pelo governo. Esse é o da justiça, o outro é mais nosso que se chama produtividade. O erro que TODOS os governos fizeram sempre desde sempre (já vem dos tempos da monarquia) é fazerem orçamentps com previsões irrialista de crescimento. O crescimento não é culpa de nenhum governo se bem que pode ser influenciado mas a sua génese está no páis. Continuar a pensar que este país vai crescer como um país asiático é completamente ilusório ou então os Portugueses começam a mudar de mentalidade.
@Nuno
ResponderEliminarClaro que não levo o teu comentário a mal; mas parece-me ser mais um sinal evidente que todo o "sistema" devia ser simplificado - por forma a que toda e qualquer pessoa o conseguisse perceber. :)