O panorama político nacional anda em tumulto (como se alguma vez deixasse de estar), desta vez com o anúncio do PSD em pretender que Fernando Nobre integre as suas fileiras para liderar a lista de Lisboa à Assembleia da República.
O caso até poderia ter passado mais despercebido - sendo Nobre um candidato independente que nos últimos anos já demonstrou essa mesma independência apoiando elementos de diferentes partidos - não fosse recentemente ter garantido publicamente que não aceitaria nenhum cargo político.
Ora, as reacções não se fizeram esperar, e até obrigaram que Fernando Nobre encerrasse a sua página no Facebook.
As críticas surgem de todos os lados, e sinceramente, nem sei que pensar.
Por um lado, Fernando Nobre parece-me uma pessoa credível e honesta - mas todos sabemos o quanto a imagem pode enganar (basta olhar-se para José Sócrates!).
Por outro lado, não posso deixar de me indignar um pouco com as críticas que lhe apontam, dizendo que não é um "político profissional" - quando me parece que o que o País precisa é mesmo de uma limpeza geral desses políticos, que já demonstraram claramente que não sabem o que fazem nem merecem a confiança dos Portugueses.
Quanto muito, esta medida peca por serem poucos os não-políticos a tentarem endireitar o país!
Supostamente, seria bom se as pessoas pudessem ser julgadas pelos seus actos, e não pela sua imagem.
Se alguém se diz, e depois desdiz, o mínimo que se poderia esperar é que lhe dessem oportunidade de se explicar - para tentarmos perceber a razão por que tal aconteceu.
Mas parece que em Portugal, a vontade de acender fogueiras está ao rubro... e pena é que até se esqueçam de todos os outros que deveriam estar na linha da frente para serem "queimados".
terça-feira, 12 de abril de 2011
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