Muitas das vezes essas pessoas "assassinas" levam os seus próprios filhos no automóvel, deixando-me a imaginar que tipo de educação lhes estarão a transmitir quando desrespeitam tudo e todos, sendo reis e senhores da estrada!
Daí que, comecei a pensar de que forma os exames de conduçao estão desajustados da realidade.
Não sei que alterações terão havido desde os "idos" tempos em que tirei a carta de condução; mas acho que as coisas que vou sugerir a seguir ainda não são ainda usadas por cá.
- Os alunos deviam ter oportunidade de experimentar um automóvel nos seus limites;
Ou seja, deviam poder sentir "na pele" o que é uma aceleração a fundo, em piso seco e molhado; e uma travagem a fundo, em iguais circunstâncias.
- Deviam ter uma melhor percepção do espaço que um automóvel demora a parar aquando de uma travagem de emergência a várias velocidades.
A minha sugestão: conduzir a uma velocidade estável, de 40Km/h, e fazer uma travagem de emergência ao passar um sinal.
Depois disso, sair do carro e percorrer a pé a distância que os separa do sinal que marcou o início da travagem.
De seguida, marcar o sítio onde o carro se imobilizou, e repetir o processo, desta vez a velocidade superior, por exemplo 80Km/h e 120Km/h.
(Isto seria perfeitamente esclarecedor de algo que a grande maioria não faz ideia; de dentro do carro tudo parece ser "rápido" e "instântaneo"... Daí que era bom que saissem e vissem a coisa pela perspectiva de quem está de fora.)
- Num percurso pré-determinado, deveria ser pedido aos alunos que completassem o circuito da forma mais rápida possível, monitorizando os tempos e consumos. De seguida, repetir o teste da forma mais "suave" possível; e da forma mais lenta possível; para que tivessem uma ideia de como o estilo de condução afecta os consumos.
- Por último, para todos aqueles que pensam que as vias públicas são os seus circuitos privados de velocidade; deveria todos ter a oportunidade de dar uma volta a um circuito ao lado de um condutor profissional.
Muitas vezes as pessoas procuram aquilo que não conhecem... têm o sonho da velocidade... Se lhes pudéssemos mostrar que tal isso é, com as devidas condições de segurança, talvez os ajudasse a ter mais consciência de que não o devem fazer "cá fora."
Tendo dito isto, não teria nada contra penas exemplares para as verdadeiras e graves infracções de trânsito. Apenas convinha que a fiscalização efectivamente funcionasse a tempo inteiro, em vez de andarem à caça de multas de forma furtiva, muitas vezes à custa de sinalização ridícula ou desajustada.
E quanto a conduzirem sob efeito de drogas ou estupefacientes... há algumas campanhas engraçadas que nos chegam da Austrália:
Uma sugestão a acrescentar: a carta de condução devia de ser obrigatória a sua revalidação a cada dez anos.
ResponderEliminarTirei uma nova categoria faz pouco tempo e fiquei realmente surpreendido com as alterações que o código da estradas teve neste anos, bem como não faz mal nenhum relembrar algumas regras elementares de civismo. E sou mesmo a favor do exame teórico + prático!
Olha: era uma forma de (indirectamente) fomentar o mercado agonizante das escolas de condução, e de retirar algumas "cartas encomendadas" da via pública!
Houvessem condições "em condições" e até nem me importava que isso fosse feito a cada 5 anos.
ResponderEliminarMas mais que as provas de condução, deveria haver uma compoenente de análise psicológica para saber se essa pessoa estaria habilitada a conduzir.
Se o fazem para várias profissões, porque não fazê-lo para algo potencialmente tão mortal como um veículo automóvel?
Para todos os efeitos, poderia equiparar-se a uma "arma".
O problema no entanto seria sempre o mesmo... tal como agora há "inspectores" que passam gente sem qualquer habilitação; como garantir que nessas revalidações o fariam correctamente?
É complicado confiar num sistema que ao longo dos tempos se mostrou incapaz de ser confiável.
@karl partilho dessa opiniao tb. de 10 em 10 ou 15 anos!
ResponderEliminar@carlos o ponto 1 e ~2 são feitos em cursos privados (e bem pagos) de conduçao defensiva.
Bem, como eu sou ilheu, sei que devo ser um doido! Eu costumo praticar sozinho a minha condução. Já fui ensinado pelo meu velho que era um taxista e pelo instrutor na escola de condução que é um piloto de ralli. E aprendi muita coisa. Eu conduzo todos os dias, mas há dias quando estou sozinho num sitio isolado, faço algumas técnicas que o Carlos indicou. Seja no piso molhado, numa calçada, numa terra batida. É nestes exercicios sei o que é melhor para mim e para o meu carro quando surge um imprevisto.
ResponderEliminarÉ melhor haver algum controle do que não haver.
ResponderEliminarPara os exames teóricos os inspectores não têm intervenção. São feitos em computador e por ecrã táctil. Para as provas práticas, embora haja uma real interferência do inspector, porque não incluir dispositivos de gravação na prova (vídeo e assim)? Serve de prova documental a anexar ao processo e permite ao aluno se necessário contestar os resultados.
Não há aqui questões de privacidade relevantes. Só concebo que quem tenha algo a esconder seja contra isto.
E daqui nasce outra ideia: fomentar a tecnologia nacional na criação de um "kit" tipo "caixa negra" para automóveis. Seria obrigatório para estes carros (profissionais, à semelhança dos aviões) e podia ser adquirido voluntariamente para quem quisesse equipar o seu próprio carro.
Caixa negra para um automóvel? Existe vários tipos de acidentes todos os dias e achas que a caixa negra tinha capacidade para gravar todos os movimentos de um carro? Só se fosse uma caixa negra para os infactores que estejam marcados. Tipo uma pulseira electrónica já que o governo portugues gosta do dispostivo.
ResponderEliminar@António
ResponderEliminarNão era assim tão complicada de fazer. Basicamente, um receptor GPS com acelerometros, que guardasse os últimos minutos (ou horas).
Permitiria ver a velocidade a que o carro seguia, a trajectoria, e analisar se estava a infringir ou não.
(Existem até outros módulos, que gravam vídeo também, que condutores utilizam para se precaverem de eventuais "problemas", tal como a polícia faz nos EUA.)