Se passam algum tempo a fazer zapping pelos canais Discovery, provavelmente já passaram por algum documentário onde podemos assistir a ratos de laboratório que podem activar os centros de prazer no seu cérebro. O resultado é simultaneamente cómico e trágico, com os ratinhos a pressionarem constantemente os botões que activam a estimulação.
Sempre que assistia a um programa deste género, era impossivel não começar a imaginar: e como seria se isto fosse numa pessoa?
Pois bem... os resultados não variam muito.
(E nem precisam começar com as conversas do tipo: "Os Homens são todos iguais" - porque a notícia é sobre uma mulher. :P
Em 1986 uma mulher de 48 anos que sofria de dores crónicas foi submetida a uma cirurgia onde lhe foi aplicada um implante no cérebro. Esse implante permitia que, sempre que sentisse as tais dores crónicas, a senhora estimulasse uma área do cérebro que as fizesse desaparecer.
No entanto, essa estimulação causava também alguns efeitos secundários particularmente agradáveis, como sensações de estímulo sexual.
Ora... revejam o que se passou com os ratos no laboratório...
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Frequentemente tentava também adulterar o aparelho, para que permitisse subir ainda mais os níveis de estimulação. E se nalguns dias de maior lucidez, pedia para que lhe retirassem o aparelho das mãos, depressa se arrependia e suplicava para que lho devolvessem.
Durante dois anos, este mulher viu-se reduzida a uma simples não-existência de "cliques" num botão sem qualquer outra preocupação.
Afinal, é ou não uma sorte estarmos todos aqui hoje?
[Mindhacks via Boingboing]
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