terça-feira, 29 de julho de 2008

Barclays ou Não, eis a Questão

Pensava que já tinha visto/ouvido de tudo, mas quando li a aventura do Pedro Rebelo com o Barclays que começou há quase um mês, fiquei estupefacto.

Ninguém está livre de ter que lidar com despesas fraudulentas no seu cartão de crédito. E é precisamente nessas alturas que mais precisamos da atenção e serviço do banco que "sustentamos" e do qual esperamos um serviço eficiente.

No entanto, quando começarem a ler o que lhe aconteceu, rapidamente somos levados para um mundo onde a realidade se torna mais estranha do que seria de esperar - culminando com cenas caricatas que... bem... só mesmo lido!

Com a crescente despersonalização dos serviços bancários, suponho que isto se torne cada vez mais comum - com gente manifestamente incompetente que apenas está lá  estagiar e a seguir caminho.

Ainda me lembro do dia onde, no balcão onde mensalmente depositava dinheiro - e sendo essa já uma das poucas operações em que lidava com uma pessoa do outro lado do balcão - me pediram um pouco envergonhadamente: "Se não se importasse, temos indicações para pedir que passe a fazer os depósitos na 'máquina.'"

Foi exactamente a partir desse dia que as coisas começaram a "descambar" - onde ontes conhecia uma ou duas pessoas a quem me podia dirigir para resolver qualquer situação, sou agora encaminhado para a fila "do talho", calhando-me depois um qualquer estagiário que fica às aranhas com qualquer questão - perdendo tempos infinitos ao telefone com supostamente "quem sabe."

Excusado será dizer que rapidamente transferi a maioria das minhas operações para outro banco onde - por enquanto - ainda vai tendo pessoas com que se pode falar.

Nesse aspecto, acho que as pessoas deveriam ser mais fiéis às pessoas que realmente merecem, e não às instituições que cada vez mais tentam despersonalizar os seus balcões - escondendo-se atrás da fachada impenetrável que os separa "do povo" que os sustenta. Seria da forma que se valorizaria quem mais merecesse, e os próprios bancos passariam a tratar os seus empregados de outra forma - sabendo que se um deles saísse, provavelmente levaria com ele dezenas ou centenas de clientes.

2 comentários:

  1. Bom dia. Antes de mais o meu muito obrigado por ser mais uma voz na blogosfera a referir o assunto. Pode ser que de tão alto alguém ouça. Aproveito ainda para dizer que houve novidades sobre o assunto. Mesmo sem adiantar muito, recebi uma carta do barclays Inglaterra o que, servirá de termo de comparação com o Barclays Portugal uma vez que contactei os primeiros só a semana passada e os segundos que contactei desde há dois meses ainda não me deram qualquer resposta.

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  2. Ora essa Pedro...
    Infelizmente, as coisas neste país parecem que só andam para a frente quando se tornam públicas e envergonham os responsáveis.

    Anda uma pessoa meses (ou anos) a tentar resolver uma coisa - sem sucesso - depois aparece no jornal ou na TV e é logo resolvido na hora.

    (Bem, já nem vou falar nos casos que suspostamente ficam "resolvidos" nas TVs e jornais, mas que depois, no mundo "real", continuam por resolver indefinidamente...)

    Boa sorte com o processo, e que isso se resolva rapidamente. []

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