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sexta-feira, 23 de março de 2018

Hospital de Cascais proíbe mini-saias, tatuagens e piercings


O Hospital de Cascais está a querer uniformizar (literalmente) os seus funcionários, e por isso, para além de terem que usar farda, não podem usar saias acima dos joelho, ter tatuagens ou piercings visíveis; isto para além de também ficarem limitados à utilização de desodorizante sem cheiro, ou perfumes que tenham um aroma "leve e discreto" - sendo que também há recomendações para o tipo de maquilhagem que podem usar.

Seria talvez mais simples criarem um novo uniforme estilo escafandro, que garantisse que os funcionários ficassem totalmente cobertos e isolados do mundo exterior (até dava jeito para não apanharem doenças contagiosas), assim como um linha de produtos de higiene e beleza, com os aromas aprovados pela direcção...

... Vamos lá ver se o próximo passo não será começar a exigir que os utentes sigam as mesmas regras. :P


terça-feira, 8 de setembro de 2015

Entrar no Hospital ao fim-de-semana tem risco 15% superior de morte


Se tiverem que ir para o Hospital, será melhor fazê-lo de terça a quinta-feira, pois um novo estudo confirma que o "efeito fim-de-semana" é real, e traduz-se em taxa de mortalidade que pode chegar a ser 15% mais elevada.

O estudo analisou mais de 15 milhões de admissões nos hospitais do Reino Unido, e os resultados parecem ser claros. Quem é admitido num hospital num sábado ou domingo tem mais probabilidades de vir a morrer do que se o tivesse feito durante a semana (ainda assim, as segundas e sextas-feiras já começam a mostrar uma tendência ligeiramente superior.)


A explicação terá a ver com o facto de muitos especialistas e/ou assistentes poderem não estar de serviço ao fim-de-semana, resultando num pior diagnóstico e tratamento. Algo que muitos profissionais dizem já saber há muito, e lutando para que o sistema de saúde mude de forma a garantir sempre o melhor serviço independentemente do dia da semana em que se está... e particularmente, para acabar com este mortal "fenómeno do fim-de-semana".

Para quem está em possível risco de vida, todo e cada "1%" que possa melhorar as possibilidades de sobreviver serão certamente valiosos.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Paciente chinês saudável obrigado a abandonar a cama do hospital após 3 anos


A maioria das pessoas sentir-se-á satisfeita por não ter que entrar num Hospital; mas na China, um homem de 55 anos teve que ser retirado à força de um, após lá permanecer numa cama durante mais de 3 anos... sem qualquer problema de saúde.

O homem foi inicialmente internado em 2011 devido a ferimentos ligeiros; e regressou alguns meses mais tarde queixando-se de dores nas pernas, recebendo novo tratamento ao longo de três meses. Mas foi no final deste tratamento que se recusou a ir para casa, dizendo que continuava a ter dores e ser incapaz de as esticar - embora todos os testes digam que ele não tem qualquer problema de saúde.

O hospital continuou a tratá-lo, até que eventualmente o homem deixou de ter dinheiro para pagar o tratamento (em 2012), obrigando ao recurso aos tribunais que agora ditaram que o homem fosse removido das instalações - mas não sem que ele se tivesse acorrentado à cama para dificultar a tarefa às autoridades.

... Se calhar era um caso para o Dr. House!

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Atendimentos...

Episódio da vida real, vivido pelo meu colega Carlos Afonso, e com o qual imagino muitos (todos?)  podemos identificar-nos sempre que temos que lidar com "atendimentos".

Na 5ª-feira fui a um hospital público (foi o dia que reservei para tratar de  porcarias) pagar uma conta da minha irmã mais velha, Valor: 4,50€.
Cheguei cerca das 10:00 e saí da tesouraria cerca das 11:00.
Quantas pessoas estavam à minha frente? Zero.

Eu: "Viva! Vinha pagar uma conta."
Funcionário: "Bom dia. Já o atendo."

Meia dúzia de toques no teclado do computador. Levanta-se, vai a uma impressora que está a 3 metros atrás dele, espera que ela imprima duas folhas e diz: "Ora não era neste papel".
 Coloca umas folhas de papel branco no alimentador externo da impressora, regressa à sua cadeira; mais meia-dúzia de toques no teclado e no rato e volta à impressora. Retira as folhas impressas e vai a uma fotocopiadora que está uns 3 metros à esquerda da impressora (laser) e faz umas fotocópias.
Vai à sua mesa, toca o telefone. Atende: " ... a fulana de tal está de baixa...", "Ela está aqui", deixa o telefone fora do descanso. A "ela" levanta-se da sua cadeira e dá meia dúzia de passos para atender a chamada. O funcionário organiza 3 conjuntos de documentos e agrafa-os. Coloca dois em pastas e deixa um num cesto.

A "ela" retorna à sua secretária e pergunta: "devo carimbar o documento x?"
Resposta do funcionário: "Eu cá não carimbo, mas o fulano de tal carimba."

Entra o fulano de tal e dirige-se para a secretária mais longínqua, ninguém lhe pergunta porque carimba ele os documento do tipo x. Só então reparo no chefe dos serviços que até aqui se manteve imóvel na sua
secretária.

Toca novamente o telefone, novamente atendido pelo funcionário e ele pergunta para a plateia: "Santo António dos Cavaleiros é Odivelas ou Loures?"

Julgando que fosse para mim digo Loures, só depois reparo que não.

Era eu que ainda tinha o tal papel para pagar nas minhas mãos. O funcionário dá mais uns toques no computador e depois levanta-se e vem atender-me: "Ah isto, isto podia pagar no seu Centro de Saúde"

Fiz-lhe notar que o tal documento não indicava essa possibilidade. Disse-lhe que o pagamento me iria custar cerca de 100 euros tendo em conta quer o tempo gasto na deslocação, quer o tempo de espera... Ele fez de conta que não ouviu.

Volta ao seu computador e gasta um bom quarto de hora a criar os documentos de cobrança (voltou à dança entre o computador, a impressora, o papel errado para imprimir, o papel certo para imprimir, a fotocopiadora, a criação de três conjuntos de papeis.

Finalmente me anuncia com grande desgosto «agora tenho que o ir acompanhar à tesouraria» (fica na porta ao lado eu estava nos serviços financeiros). "A minha colega da tesouraria está doente."

Abre a porta da tesouraria passa para o lado de lá do balcão, vê-se um casaco de malha, pendurado nas costas da cadeira, ligeiramente descaído.

Um carimbo no recibo de pagamento. Dou-lhe 20 € para pagar (não, não há multibanco na tesouraria).
"Não tenho troco", diz-me.
Vejo quanto tenho trocado, paguei e recebi o recibo acompanhado de 2 documentos adicionais - só fiquei com moedas de 1 e 2 cêntimos na carteira.

Tendo em conta que tinham mandado uma carta, e impresso mais 9 folhas de papel... quanto custou aquela cobrança? Produtividade baixa e (mesmo que alta) completamente estúpida.

Porque não teria sido pago o tal documento no acto que o fez gerar? Porque o "sistema" devia estar em baixo. Porque não indicava um meio de pagamento electrónico ou que podia ser pago a 2 passos de casa? Não sei e não fiquei contente. O funcionário pareceu também não apreciar as suas tarefas, nem sobre elas ter qualquer ideia.
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