Conseguir um lugar como eurodeputado é um posto de sonho, garantindo-lhes um chorudo ordenado que, com ajudas de custas e demais extras, pode superar os 10 mil euros mensais. Mas... será que é rentável lá conseguir chegar? Olhando apenas para o orçamento das campanhas dos partidos portugueses a resposta parece ser um manifesto "não".
A quanto saiu a cada partido os mandatos conseguidos? O CDS foi o único que conseguiu eleger um deputado apenas com dinheiro do partido. O PAN elegeu um deputado apenas com os 78.410,73€ do estado. #EE2019 pic.twitter.com/JyXeWXkbjm— Henrique Macedo (@henrikemacedo) May 27, 2019
O custo por mandato conseguido vai dos 78 mil euros no caso do estreante PAN, a uns incríveis 425 mil euros(!) no caso da CDU - e, note-se que na sua esmagadora maioria, é dinheiro dado pelo Estado (logo, por todos nós).
Fazendo apenas as contas ao ordenado liquido base dos Eurodeputado (6.824,85 euros/mês, a que se subtrairão os impostos nacionais) ao longo dos 5 anos, temos um total de 410 mil euros por mandato (que também é dinheiro que sai dos nossos bolsos). Ou seja, no caso da CDU, o dinheiro gasto para lá meter dois eurodeputados foi superior ao dinheiro que estes irão receber ao longo dos 5 anos.
Também esclarecedor é ver a facilidade com que se 3.4 milhões de euros dos nossos impostos apenas para efeitos de propaganda política para eleger os 21 representantes nacionais. Que sentido faz que seja o estado a sustentar as campanhas? Não deveria ser algo que ficasse a cargo, na íntegra, dos próprios partidos, com base no que conseguissem angariar? Enfim...
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