sexta-feira, 14 de novembro de 2008

A Religião em Portugal

Ontem, por força das circunstâncias (a minha avó faleceu recentemente) dei comigo numa missa - coisa que já não fazia há...mais de 20 anos.

Foi engraçado voltar à capela onde tantas "secas" gramei quando era criança... parece que o tempo não passou - as mesmas coisas, o mesmo Padre... apenas estranhei uma coisa... as pessoas - ou melhor dizendo: a quantidade de pessoas.

Lembro-me que antigamente aquilo estava praticamente cheio de gente, e tinhamos que nos "espremer" para cabermos todos nos bancos. Ontem, estariam 60 pessoas (se tanto) - das quais metade apenas estaria lá por causa da minha avó.

Mas acima de tudo, o que me surpreendeu mais foi o facto de, dessas restantes 30 pessoas, todas elas terem idades já bem acima dos 60 anos.

Imagino como será daqui por 10, 20 ou 30 anos, quando esses "resistentes" já não andarem por cá... será que assistiremos ao encerramento de igrejas e capelas por falta de "público"?

2 comentários:

  1. um pouco por toda a Europa se tem assistido à reconversão de locais de culto para outras actividades: bibliotecas, bares, restaurantes, discotecas, habitação...

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  2. Antes do mais os meus sentidos pêsames.

    Mas realmente é verdade. Simplesmente há duas verdades aqui:

    1- A igreja não se adapta e não se adequa à realidade dos tempos, mantendo ideias retrógradas e ultrapassadas. Pior do que isso os Padres gostam de ser o centro das atenções, nem que isso signifique recriminar ou acusar publicamente os seus fiéis.
    2- É verdade que só há pessoas com mais de 60 anos. Mas daqui a uns 25 anos tambem nós, se calhar, ao termos idades avançadas estaremos mais receptivos a ir à igreja.

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