por Mário Ferreira
A segurança nos aeroportos aumentou de uma forma tremenda desde os atentados de 11 de Setembro, e tal é notório nos aeroportos. Esta é a mensagem que nos transmitem nos telejornais. Mas será verdade?
É uma realidade que pessoas e bagagem são verificadas de forma a se detectarem situações que possam vir a causar situações a bordo dos aviões.
Efectivamente as pessoas passam por detectores de metais de forma a serem detectados objectos metálicos. E quando o sensor apita são metodicamente revistadas com um sensor portátil de forma a se descobrir o objecto em causa.
Da mesma forma, as malas passam por um aparelho de raio X que verifica os seu interior, procurando por bombas ou líquidos que possam ser considerados perigosos.
No entanto é uma realidade que constatei por várias vezes, que alguns objectos como cintos e telemóveis passam em alguns dos detectores sem acusar, mas apitam imediatamente em outros. Há que questionar por isso se isso não poderá igualmente suceder com uma faca ou outro objecto perigoso especialmente se usar ligas de metal leves.
Mas mais engraçado é que possuo ao peito uma corrente com uma medalha em prata que NUNCA, em todas as viagens que fiz, quer em Portugal, quer no estrangeiro, mesmo no aeroporto central em Frankfurt, acusou nos detectores. Será que a prata não deveria acusar ao ser um metal?
É igualmente ridículo que na análise a bagagens ao raio X se force as pessoas a abrir as malas de forma a verificar que os contentores de líquidos não são superiores a 100 ml. Fui obrigado a deixar ficar no aeroporto uma caixa de nívea que estava a meio só porque a embalagem dizia 150 ml. O cúmulo é que caso eu levasse esta embalagem nos bolsos ela passava no detector de metal sem acusar.
Grande segurança esta em que se espera que os líquidos que possam ser usados como bomba ou sprays paralisantes vão metidos numa malinha e não nos bolsos dos casacos onde não acusa e caso o detector não toque não somos revistados.
O pior de tudo isto, e que me levou inclusive a ponderar apresentar uma queixa no aeroporto é que após passar toda a zona de segurança existiam à venda produtos de higiene de todos os feitios e tamanhos. Inclusive havia produtos da nívea idênticos ao que me foi apreendido por passar os 100 ml, à venda em embalagens de 200 ml.
Mas isso não é nada pois os milhares de garrafas de vinho à venda eram todas de 1l.
Não será mais fácil burlar a segurança ao meter um produto perdido no meio de outras centenas no interior do aeroporto e depois levantar junto do cúmplice que trabalha em uma das lojas?
Segurança ou apenas espectáculo para a vista??
Mas bonito, bonito, foi ver uma loja de jogos de consolas no interior do aeroporto na zona de espera para embarque, em que tinham à venda o Gran Turismo 5 para PS3 a 69.95 euros. Nada mau se considerarmos que o jogo foi colocado à venda a 39.99 euros.
Note-se que não se trata de uma descida de preço ou promoção, 39.99€ foi o preço de lançamento. Será que o puto dos estranjas vendem os jogos mais caros que nós? Ou seremos nós que fizemos mal a conversão do dólar para euro aplicando o factor de conversão que aparentemente quase todas as empresas andam a usar de 1 dólar = 2 euros, apesar de na realidade o factor de conversão ser 1.6 dolares=1 euro.
terça-feira, 29 de abril de 2008
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