Quando o Livro de Reclamação Não Basta

Se quase tudo no Universo funciona em positivo e negativo, e se até na religião temos o Céu e o Inferno, acho que se torna injusto nos locais de atendimento público existir apenas um Livro de Reclamações.

Se faz sentido reclamarmos quando somos mal atendidos, porque motivo não há forma simples e eficaz de fazer exactamente o oposto quando nos sentimos extremamente bem atendidos?

Passo a explicar, depois da minha última experiência surreal de atendimento na GaiaUrb (já há muitos meses) - e que me traumatizou ao ponto de chatear todos os amigos e conhecidos na tentativa de amenizar o meu regresso ao "local do crime" - eis que lá tive que regressar... e contra todos os meus temores, eis que fui atendido por uma funcionária super simpática e prestável, que me informou e ajudou em tudo o que foi possível.

(E provando que o dia até estava a correr bem, o mesmo aconteceu na Conservatória do Registo Predial, mesmo lá tendo chegado em cima da hora de almoço - quando previa já ser "corrido" a alta-velocidade.)

Tenho que admitir... com gente assim, bem que mereciam que houvesse um livro de "comendação" (se é que a palavra existe), onde se pudessemos relatar o sucedido - tal como o fazemos nos casos opostos, no livro de reclamações.

Que benefícios é que isso teria?

Em primeiro lugar, estaríamos a ser justos. Bem sei que a "obrigação" de quem atende o público, é de nos tratar bem. Mas como bem sabem, infelizmente isso há muito que deixou de ser a norma para passar a ser a excepção em muitos sítios.
Hipoteticamente, poderia servir para que eventualmente fosse dado algum tipo de prémio compensatório... Mas mesmo que fosse apenas para "encher o ego" de quem faz o seu trabalho da forma que é suposto, sabendo que "deste lado" estava a ser apreciado!

Muito agradeço eu a quem me atendeu, por não me ter tornado este dia num pesadelo! Se todos os funcionários fossem assim, podem crer que o País não estaria no estado que está.