segunda-feira, 26 de julho de 2010

Rendimento Mínimo

Um professor de Economia na Universidade Texas Tech disse que nunca havia reprovado um aluno antes, mas uma vez, reprovou uma turma inteira.

Esta classe em particular tinha insistido que um regime igualitário realmente funcionava: ninguém seria pobre e ninguém seria rico, tudo seria igualitário e "justo."

O professor então disse, "Ok, vamos fazer uma experiência igualitária nesta classe. Ao invés de dinheiro, usaremos as vossas notas de avaliação nas provas." Todas as notas seriam concedidas com base na média da turma, e portanto seriam "justas" porque iguais. Isso quis dizer que todos iriam receber as mesmas notas, o que significou que ninguém iria ser reprovado. Isso também quis dizer que obviamente ninguém iria receber um "20"...

Depois das primeiras avaliações sairem foi feita a média e todos receberam "13". Nesta altura quem estudou com dedicação ficou indignado, mas os alunos que não se esforçaram ficaram felizes da vida com o resultado.

Quando a segunda prova foi feita os alunos preguiçosos continuaram no seu ritmo , pois que acreditavam que a média da turma os continuaria a beneficiar. Já os alunos aplicados entenderam que também eles teriam direito a baixar o ritmo , agindo contra a sua própria natureza. Resultado, a segunda média das avaliações foi " 8".

Ninguém gostou.

Depois da terceira prova, a média geral acabou por descambar e voltou a descer para o "5".

As notas nunca mais voltaram aos patamares mais altos, mas ao invés , as desavenças entre os alunos, buscas por culpados e palavrões passaram a fazer parte da atmosfera das aulas daquela classe. A busca por 'justiça' dos alunos tinha sido a principal causa das reclamações e inimizades que passaram a fazer parte daquela turma.

No final das contas, ninguém se sentia obrigado a estudar para beneficiar o resto da sala. Resultado : Todos os alunos chumbaram naquela disciplina... porque todos eram «iguais».

O professor explicou que a experiência igualitária tinha falhado porque ela traduziu-se na desmotivação dos participantes. Preguiça e mágoa foi o resultado. "Quando a recompensa é grande", disse, "o esforço pelo sucesso é grande, pelo menos para alguns de nós.

"É impossível levar o pobre à prosperidade através de acções que punam os mais afortunados pela prosperidade. Cada pessoa que recebe sem trabalhar, obriga a que outra pessoa deva trabalhar sem receber. O governo não pode «dar» a alguém aquilo que tira a outro alguém. Quando metade de uma população começa a entender a ideia de que não precisa trabalhar, pois a outra metade da população irá sustenta-la, e quando esta outra metade entende que não vale a pena trabalhar para sustentar a primeira metade, então chegamos ao começo do fim de uma nação. É impossível multiplicar riqueza dividindo-a." ( Adrian Rogers, 1931)

[Recebido via email]

1 comentário:

  1. Não creio que se possa relacionar directamente as notas a uma disciplina na faculdade, enquanto factor motivador, com o dinheiro que cada um ganha. Ultimamente têm sido feitas algumas descobertas interessantes. Embora mais dinheiro seja um forte motivador para tarefas mecânicas e simples, acontece o contrário para tarefas q envolvam criatividade. Desde que sejam necessárias "capacidades cognitivas rudimentares", uma maior recompensa monetária não motiva mais, e acima de um certo ponto leva a pior desempenho.
    http://www.youtube.com/watch?v=u6XAPnuFjJc

    Desde que se ganhe o suficiente para que o dinheiro deixe de ser uma preocupação, há outras coisas que são motivadores mais importantes. Como autonomia, gostar do que se faz, gostar de fazer as coisas bem...

    Em sociedade, convém também não esquecer, que cortar no rendimento minimo e outros apoios sociais, não implica necessariamente pagar menos impostos. Sem apoios sociais aumenta o crime, aumenta a insegurança, e aumentam os gastos com policiamento, prisões, etc. Veja-se os EUA, que é dos paises do mundo com mais prisioneiros per capita (em grande parte pela politica estúpida de condenar, e com penas pesadas, meros consumidores de droga). Há sempre gente que fica mais barato ajudar cá fora, do que "lá dentro"... por injusto que possa parecer.

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