Novamente na manchete dos jornais: natalidade em Portugal em mínimo históricos dos últimos 60 anos.
Confesso que é um assunto que me preocupa (como se fosse necessário relembrar já ter falado aqui disso, por várias vezes) e mais me assusta que os supostos especialistas pareçam reagir ao retardador a estes indicadores que há muito se revelam preocupantes.
Agora vêm dizer que pode estar em causa a sustentabilidade de toda a máquina da segurança social? A sério!?! Mas só agora é que chegaram a essa conclusão?
Mais que raio de capitão temos a comandar este "navio", quando depois de ter ignorado um rombo a meter água a velocidade vertiginosa, só se preocupa com o navio a afundar quando a água já lhe dá pelo queixo?
(O mesmo se aplicaria a todos os governos e políticos que ignoraram o rombo fiscal... mas isso é outro assunto...)
Bebés... não há bebés... E por agora isso parece ser coisa que não assusta os nossos políticos, preocupados que estão com os números do défice e a salvar o pais da bancarrota - mesmo se não se preocupam em perseguir/responsabilizar quem para isso contribuiu. E se calhar, na sua lógica que só eles percebem, até acham que a falta de bebés é uma coisa boa! Afinal, menos bebés, menos necessidade de haver escolas, e professores; e a seu prazo, também necessitaremos de menos hospitais, e menos polícias; e havendo menos pessoas, será mais fácil encontrar empregos...
Espero é que daqui por 15, 20 ou 30 anos - se ainda por cá estivermos - não tenhamos que aturar notícias de "especialistas" preocupados com a necessidade de imigração em larga escala, para se conseguir cá ter gente activa em números suficientes para manter o país. Não se apostam nos bebés nacionais agora, mandam-se os nossos jovens (e não tão jovens) lá para fora... vai ter piada depois estarem a financiar a vinda de estrangeiros para "tapar os buracos" quando abrirem os olhos e descobrirem que por cá já só restam os velhos, doentes, e moribundos.
Parece que em vez de uma refundação, o que é precisamos mesmo é uma refecundação do país... literal, e não em sentido figurado como nos têm "fecundado" por todos os outros lados.
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