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(e no Mundo)
quarta-feira, 31 de outubro de 2012
O Furacão que se Fartou da Cidade que Nunca Dorme
O furacão Sandy abateu-se sobre Nova Iorque, deixando vários milhões de pessoas às escuras, e desesperadas ao verem os seus bens, fruto do seu trabalho, serem levados e destruídos por forças que nos relembram o nosso estatuto de "formigas temporárias" aqui neste pequeno planeta que orbita uma pequena estrela num recanto esquecido da galáxia.
O número de mortes - pouco mais de uma dezena - embora trágico, não tem sequer expressão face ao número de vítimas de que se ouve falar quando as forças da Natureza se abatem sobre países menos privilegiados e mais populosos, como a Índia.
É certo e sabido que daqui por algumas semanas, a atenção do mundo já estará voltada para qualquer outro acontecimento, e este Furacão passará a ser apenas mais uma memória no colectivo social, vívida apenas para quem "sofreu na pele" os impactos directos: os que ficaram sem casa, lojas, carros, barcos, etc. (Espero bem que nos EUA os seguros/ajudas sejam bem mais céleres e eficientes que os que por cá são prometidos em frente às câmaras das televisões... mas que depois de passado o mediatismo, ficam esquecidos por meses ou anos, até que alguém se relembre de voltar a trazer o assunto para as televisões.)
Seria demasiado esperançoso pensar que este evento, um verdadeiro "ataque" ao centro económico dos EUA (e do mundo?), pudesse mudar a forma de pensar e de agir daqueles grandes grupos que continuam a colocar os dólares e os interesses económicos à frente de tudo e todos, independentemente das consequências que possam vir a ter sobre a vida de milhões de pessoas.
Será que algum destes gestores/CEO/banqueiros/etc. irá morrer mais descansado por ter 1 bilião de dólares no banco em vez de apenas 1 milhão? Será que toda a sua fortuna será capaz de impedir que um novo furacão, terramoto, ou vulcão, apareça para lhe "arruinar" a vida?
... Parece que até o planeta se começa a fartar desta espécie que se entretém a desenhar fronteiras na sua superfície, como se isso tivesse um qualquer significado especial, e que depois se matam mutuamente e cometem atrocidades impensáveis, ignorando que "do outro lado" estão apenas pessoas - como eles próprios.
Vamos acreditar que aos poucos, as coisas até possam começar a mudar, e para isso bastará que cada um de nós deixe de ter tanta inveja pelos outros que tanto têm, e passe ao invés a fazer o que pode para ajudar quem menos tem.
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