sexta-feira, 24 de agosto de 2012

O Preço dos Combustíveis e a Matemática da Realidade


Os Portugueses podem ter partido para férias com um grande sorriso nos lábios, mas se quiserem regressar a casa vão ter que pagar (ainda) mais pelos combustíveis. Caricato é que, numa situação onde os sacrifícios são pedidos a todos, de forma que se pensaria justa e equitativa - bem... vamo esquecer por momentos as muitas e recorrentes excepções que fazem com que uns continuem a conseguir ficar de fora - o próprio Estado seja um dos intervenientes que mais lucra à custa da "desgraça" alheia. É que com as taxas e impostos aplicadas à gasolina a representarem mais de metade do custo final... quanto mais caro o combustível, mais impostos cobram.

Isto será certamente a matemática que eles fazem... mas que por uma e outra vez tem sido contraposta com a matemática da realidade. Ou seja... quanto mais cara a gasolina, maiores os impostos e taxas a pagar... e menor o número de pessoas a meter gasolina!

É uma matemática simples de calcular, e que já tem sido demonstrada por múltiplas vezes (veja-se o caso do tráfego nas SCUTs), mas que parece continuar a maravilhar os ditos "entendidos" que depois se mostram surpreendidos ao verificar que: "oh... o consumo de combustíveis teve uma queda substancial, porque será?"... A sério!?!

Mais preocupante que ter pessoas a deixarem de poder ir de carro para o seu emprego (afinal, a maioria também já está desempregada e poderá dispensar essas deslocações) é o impacto que estes aumentos têm em toda a cadeia que sustenta a própria sociedade... Combustíveis mais caros representam transportes mais caros, e logo... comida, e tudo o resto, mais caro.

O que sei é que em França o Governo já cortou nos impostos sobre os combustíveis, para evitar que estes atingissem níveis que se riam insustentáveis... por cá... parece que a matemática cega dos números se continua a sobrepôr à matemática da realidade. E depois ficam admirados que, por mais que aumentem impostos, as receitas continuam a ser cada vez menos...

Sem comentários:

Enviar um comentário