Críticas, críticas, e mais críticas... E tudo o que de mal se passa em Portugal.
(e no Mundo)
quinta-feira, 5 de julho de 2012
As Fotos Proibidas da Comida na Escola
A fronteira entre a liberdade que a tecnologia permite para rapidamente se captarem imagens e se divulgar essa informação por todo o mundo, e aquilo que certas pessoas podem desejar não ver divulgado, começa a ser cada vez mais ténue. Embora praticamente todos os dias tenhamos novos exemplos da diferença que é algo ficar registado em fotos ou vídeo, e do impacto que isso pode ter no mundo (teria Timor recebido a atenção que recebeu sem o vídeo do massacre de Stª Cruz?), hoje venho falar-vos do caso da jovem Martha Payne.
Uma jovem inglesa de 9 anos que decidiu criar um blog sobre a sua comida na escola, colocando fotos e comentários sobre o que lhe era servido - e que rapidamente se tornou num sucesso, com muitas outras pessoas a enviar também os seus relatos e as suas fotos.
Face ao sucesso obtido, a jovem Martha começou também a pedir donativos para ajudar instituições de solidariedade e caridade nas escolas em África. Mas... nem toda a gente ficou satisfeita com este sucesso, e em breve estava a receber um aviso para que parasse com o seu blog, e proibindo que tirasse fotografias à comida na escola.
Nem será preciso dizer que isso rapidamente causou um grande tumulto e indignação que rapidamente se espalhou por toda a internet... e que depressa fez com que os visados percebessem que não seria esta a maneira de lidar com o assunto, tendo a tal proibição sido levantada.
Portanto... será altura de reanalisar que tipo de gerações futuras é que queremos? Se pessoas com sentido de responsabilidade, capazes de criticar e de defenderem e partilharem as suas opiniões - particularmente naquilo que está mal e deve ser corrigido - ou se pelo contrário, estamos perante uma sociedade que já prefere silenciar tudo e todos os que ousem "perturbar" a rotina instituída?
... Uma coisa é certa. Se aquilo são os almoços que servem às crianças... talvez nem tenhamos que nos preocupar, pois será uma sorte que cheguem saudáveis a uma idade adulta.
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