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(e no Mundo)
domingo, 20 de maio de 2012
A Roubalheira das SCUTs
Parece que finalmente as negociatas das SCUTs estão a ser alvo de investigação judicial.
Mais concretamente: "sobre os compromissos negociados por Paulo Campos, secretário de Estado das Obras Públicas do Governo de José Sócrates, com a Ascendi, do grupo Motra-Engil, que detém a concessão das SCUT da Costa da Prata, Beiras Litoral e Alta e Grande Porto".
Feitas as contas, estamos a falar de negócios ruinosos, de valores milionários (mais de dois mil milhões de euros!) e que não se percebe bem como é que alguém no seu perfeito juízo poderá ter feito... a não ser que parte desses milhões lhe tenha ido parar aos bolsos.
Esperemos que desta vez a justiça seja célere e coloque tudo em pratos limpos; e que explique como é que foi possível destruir estradas nacionais que bem serviam a população; fazer alternativas com fundos comunitários; criar as SCUTs sem "custos para o utilizador"; e depois afinal passar a ter custos.
Quem for pessimista facilmente poderá chegar à conclusão que todo este esquema das SCUTs foi originalmente feito com o intuito propositado de "lixar" o mais possível as populações, que em muitos casos passam a ser quase obrigadas a ter que passar por elas. Mas, seria bom também ver explicado como é que os tais cálculos de tráfego futuro foram feitos, pois não seria preciso ser-se um "Einstein" para ver que com a introdução de portagens o tráfego desceria drasticamente.
Claro que para quem tem a concessão e a garantia que vai receber "X" quer passem lá carros ou não... o estudo nem importa!
Mas, se o Governo unilateralmente tem decidido "rasgar" contratos feitos e mudar as regras do jogo por imperativos de força maior (como tirar os subsídios de férias e de natal), que tal aplicar o mesmo a estes contratos com as concessões completamente danosos e que não podem ser explicados de forma alguma?
Ou será que a crise é só para alguns, que com cada vez menos rendimentos continuam a ter que pagar as "jogadas" de milhares de milhões de euros de outros?
Paulo Campos esteve no centro de quase todas as grandes negociatas do governo Sócrates. Tinha participação económica na empresa que fornece os identificadores e colocou vários amigos em empresas do estado. As que deram mais polémica foram as administrações da CP e dos CTT, onde um dos seus amigos não tinha sequer curso superior completado, conforme afirmava no seu CV.
ResponderEliminarGraças a estas movimentações, a crise foi coisa que não lhe assistiu.