quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

O Real Custo da Crise

Nunca se falou em tantos milhões, biliões e triliões como na crise que actualmente enfrentamos.

Apenas nos Estados Unidos, as ajudas para salvar as várias empresas supera já os 4.6 triliões de dólares!

Houve alguém que se deu ao trabalho de analisar estes custos, de forma a que tivéssemos uma melhor percepção do que se está a falar.

É que estes valores superam já os valores (actualizados para valores actuais) gastos com o Plano Marshall, a compra do Estado do Louisiana , a ida à Lua, todo o orçamento da NASA desde que esta foi criada, e as ajudas dadas ao S&L, as guerras da Coreia/Vietname/Iraque... *tudo* junto!

• Marshall Plan: Cost: $12.7 billion, Inflation Adjusted Cost: $115.3 billion
• Louisiana Purchase: Cost: $15 million, Inflation Adjusted Cost: $217 billion
• Race to the Moon: Cost: $36.4 billion, Inflation Adjusted Cost: $237 billion
• S&L Crisis: Cost: $153 billion, Inflation Adjusted Cost: $256 billion
• Korean War: Cost: $54 billion, Inflation Adjusted Cost: $454 billion
• The New Deal: Cost: $32 billion (Est), Inflation Adjusted Cost: $500 billion (Est)
• Invasion of Iraq: Cost: $551b, Inflation Adjusted Cost: $597 billion
• Vietnam War: Cost: $111 billion, Inflation Adjusted Cost: $698 billion
• NASA: Cost: $416.7 billion, Inflation Adjusted Cost: $851.2 billion

TOTAL: $3.92 trillion

Afinal, se há tanto dinheiro para "dar e vender"... interrogo-me: onde é que anda a real crise?

Em vez de andarem agora a pagar milhões e a premiar que fez tão má gestão ao longo de todos estes anos, não seria mais barato pagar um "ordenado" directamente a todos os cidadãos?

5 comentários:

  1. Seria... e faria mais efeito que dar o dinheiro para as empresas continuarem a produzir sem mercado para consumir... o mercado depende tanto das unidades de produção quanto de consumidores para os seus produtos... eu só queria saber aonde estavam este TRILHÕES de DOLÁRES?? Quem os produziu? E quem os armazenou? E porque só agora entram na economia? Existem mesmo ou são números de renúncia fiscal, de "empréstimos" a juros menores, etc...

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  2. Exacto... Como se pode falar em crise, se há tantos triliões por aí para oferecer a toda a gente? Alguém os tinha escondido debaixo do colchão?
    (Do meu colchão não é, que já lá fui espreitar e não tem nada! :)

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  3. Quanto a mim seria de utilizar os tais triliões para encetar um projecto científico inovador que permitisse enviar (numa viagem sem regresso) toda esta corja global responsável pela inseminação de estratégias maquiavélicas de conservação e utilização do poder económico mundial em proveito próprio para Neptuno ou Plutão. Seria um investimento grandioso mas muito lucrativo para a humanidade.

    Saudações do Marreta.

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  4. Suspeito que, mesmo do longínquo Plutão, as suas influências ainda nos afectassem. Eu sugeria enviá-los para o Sol, onde poderiam obter um bronzeado invejável mais condizente com o seu "status". ;)

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  5. Não percebo mt de economia, mas creio q este dinheiro todo vem de duas fontes: emissão de dinheiro e dívida pública. No caso dos EUA é a reserva federal que emite dinheiro, seja na forma de impressão de notas ou em "dinheiro virtual" (não há nem de longe nem de perto notas suficientes para todo o dinheiro q circula no sistema financeiro). O problema é que quanto mais dinheiro emitirem, mais desvalorizam o dólar.

    A dívida pública é dinheiro q o estado "pede emprestado" através da emissão de uma variedade de títulos do tesouro. E há ainda os empréstimos intergovernamentais. Os EUA já devem uns "trilions" (biliões cá na Europa) à China. E tudo isso tem de ser pago, mais cedo ou mais tarde, e com juros! Os EUA estão a enterrar-se e quem vai pagar a factura são as gerações futuras. "Há uma crise e é preciso fazer qq coisa" dizem eles. Eu concordo... até certo ponto! Estão a partir do pressuposto que as gerações futuras vão ter condições de pagar com facilidade. Ora, com o aquecimento global e com as reservas de petróleo a diminuir (não só nos EUA mas no mundo inteiro), isso está longe de ser garantido!

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