O País como o Corpo Humano

Novo feriado, novo post "metafísico" tipo o da solução para a crise da semana passada.

No outro dia desesperei novamente, ao estar mais de 30 minutos para percorrer menos de 2Km.

Não é preciso ser um génio matemático para concluir que isso dá uma velocidade média inferior a 4Km/h - ou seja, mais lento do que andar a pé.

E não estou a falar de engarrafamentos causados por acidentes ou outras condições anómalas... não; esta confusão toda devia-se unicamente aos "inteligentes" que insistiam em sair por uma saída que lhes permitia voltar a entrar na via cerca de 400m mais à frente.

E enquanto estava no carro a insultar mentalmente todos esses "animais"... dei comigo a pensar.
Porque raio a sociedade não se comporta como um dos mais avançados e complexos exemplos da evolução: o corpo humano!

Não sou grande especialista em medicina, mas... que eu saiba não há veias que permitam ao sangue fazer ultrapassagens a si próprio. E no entanto, o fluxo sanguíneo chega perfeitamente a todos os pontos do corpo, na medida exacta do necessário.

Temos os centros importantes, como o coração, e os orgãos que precisam de um elevado fluxo (como o cérebro) mas isso de nada atrapalha as células que estiverem na ponta dos dedos dos pés... que também recebem a sua parte.

Então... porque não se usa isso como exemplo para construir uma sociedade mais justa. E não me refiro apenas ao modo como se conduz nas nossas estradas...

Um país deveria ser um organismo simbiótico, onde as suas "células" (nós) percebesse que não ganha nada em "lixar" os seus vizinhos.

Mas, parece que na vida real, o (pseudo) cérebro deste país, prefere andar a cortar a circulação sanguínea ao resto do corpo... indiferente a que isso, mais cedo ou mais tarde, faça com que ele próprio definhe, à medida que perde a capacida de se movimentar, respirar, e bombear o "sangue" necessário à sua própria sobrevivência...